A infidelidade é um fenômeno complexo e multifacetado, que pode ocorrer em relações de diferentes contextos e culturas. Estudos sugerem que até 25% a 50% das pessoas em algum momento podem trair seus parceiros, dependendo da população analisada e das definições de traição. Apesar de ser um comportamento amplamente condenado, é importante compreender as características comuns entre os que traem para ajudar a identificar padrões e prevenir esse tipo de situação. Como destaca a psicóloga Josie Conti, “é essencial olhar para além do que é dito e observar aquilo que é feito”, evidenciando a importância de analisar os comportamentos.
A seguir, exploramos dez características frequentemente associadas a pessoas que traem, com base em estudos científicos e análises psicológicas, além dos contextos mais comuns em que a infidelidade ocorre.
Características comuns das pessoas que traem
- Baixa Satisfação no Relacionamento
- Uma das razões mais comuns para a traição é a insatisfação emocional ou sexual na relação. Pesquisas da Universidade de Indiana mostraram que tanto homens quanto mulheres podem buscar fora da relação o que sentem faltar dentro dela.
- Busca por Novidade e Excitação
- Pessoas com um alto desejo por novidade, classificado em psicologia como traço de personalidade “busca de sensação”, tendem a ter maior probabilidade de cometer infidelidade.
- Histórico de Infidelidade
- Pesquisas publicadas no “Journal of Marriage and Family” sugerem que quem já traiu em relações anteriores tem maior probabilidade de repetir o comportamento.
- Problemas de Comprometimento
- Indivíduos que têm dificuldade em se comprometer emocionalmente com o parceiro costumam ser mais propensos à infidelidade, especialmente em relações de longo prazo.
- Alto Nível de Narcisismo
- Pessoas com traços narcisistas têm mais tendência a trair, pois valorizam mais suas próprias necessidades do que as dos parceiros.
- Histórico Familiar de Infidelidade
- Crescer em um ambiente em que a traição era comum pode influenciar as crenças e comportamentos de um indivíduo.
- Altos Níveis de Estresse
- Em situações de estresse elevado, como crises financeiras ou conflitos familiares, a propensão à infidelidade aumenta, como aponta um estudo do “Archives of Sexual Behavior”.
- Baixa Autoestima
- Indivíduos com baixa autoestima podem trair como uma tentativa de validar sua atratividade ou valor próprio.
- Uso Frequente de Redes Sociais
- Redes sociais muitas vezes facilitam oportunidades para traição emocional ou física. Um estudo publicado no “Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking” revelou que plataformas como Facebook e Instagram são frequentemente citadas em casos de infidelidade.
- Impulsividade
- Pessoas impulsivas têm mais dificuldade em resistir a tentações momentâneas, levando a comportamentos de traição.
Onde as traições ocorrem
- Ambientes de Trabalho: Um dos locais mais comuns, devido à convivência diária e à criação de laços emocionais. Segundo uma pesquisa da Vault, 58% dos funcionários já se envolveram romanticamente com um colega de trabalho.
- Viagens a Trabalho: A distância física do parceiro e o anonimato em outro local são fatores que facilitam a infidelidade.
- Redes Sociais e Aplicativos de Relacionamento: O uso dessas ferramentas criou novas formas de trair, como casos de traição emocional.
- Amizades de Longa Data: Relações antigas e confiáveis podem se transformar em algo mais íntimo, especialmente em momentos de vulnerabilidade.
Sinais Ignorados
Muitas vezes, sinais de infidelidade estão presentes, mas são ignorados porque não correspondem ao que a pessoa espera ou deseja acreditar. Mudanças súbitas no comportamento, aumento da privacidade e alterações nos padrões de comunicação são indícios comuns que muitas vezes passam despercebidos.
Como bem lembra Josie Conti, “A negação de sinais pode ser um mecanismo de defesa, mas também pode abrir espaço para o comportamento desleal se perpetuar”.
Conclusão
Compreender as características comuns das pessoas que traem e os ambientes onde isso geralmente ocorre pode ajudar a fortalecer relacionamentos e promover um diálogo mais aberto entre os parceiros. Reconhecer sinais e trabalhar na prevenção da infidelidade requer maturidade, autoanálise e, muitas vezes, ajuda profissional. Mais importante, é fundamental priorizar a comunicação e a transparência para construir relações sólidas.