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10 Filmes para conhecer o cinema iraniano

Fuja do óbvio e conheça alguns filmes que vão mudar a forma como você vê o mundo

O cinema iraniano guarda algumas das maiores pérolas do cinema internacional. Marcada por temas aparentemente intimistas, como a infância, a família ou a arte, a filmografia de diretores como Jafar Panahi, Asghar Farhadi e Abbas Kiarostami carrega um peso político muito forte e tem conseguido vencer barreiras e expandir seu discurso para muito além das fronteiras do Irã.

Conheça melhor esse cinema a partir de 10 títulos e apaixone-se:

O Balão Branco (1995)

Um dos cineastas iranianos mais respeitados (e polêmicos) da atualidade é Jafar Panahi, autor também de “Isto Não É Um Filme” e “O Círculo”. “O Balão Branco”, seu primeiro longa, foi escrito ao lado de Abbas Kiarostami e conta a história de uma menina que deseja um peixinho dourado de Ano Novo, mas perde o dinheiro no caminho para a loja.

Filhos do Paraíso (1997)

Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “Filhos do Paraíso” também aposta na inocência infantil para mostrar a situação econômica e política do país. No filme, um menino perde os sapatos de sua irmã mais nova e, para resolver a situação, decide dividir com ela seu único par.

Gosto de Cereja (1997)

Abbas Kiarostami foi um dos principais responsáveis por popularizar o cinema iraniano no mercado internacional. “Gosto de Cereja”, seu nono longa-metragem de ficção, venceu a Palma de Ouro com a história de um homem que dirige seu caminhão em busca de alguém que o enterre sob uma cerejeira depois que ele cometer suicídio.

O caminho de Kandahar (2001)

 

Uma jornalista afegã que mora no Canadá desde criança decide voltar ao país ao descobrir que sua irmã está querendo se suicidar. Lá, ela se junta a um grupo de refugiados e cruza o deserto, tomando consciência da devastação causada pelo Talibã enquanto procura pela irmã.

À Procura de Elly (2009)

Outro nome recorrente quando se pensa no cinema iraniano é Asghar Farhadi, diretor de “A Separação” e “O Passado”. Em “À Procura de Elly”, um grupo de amigos decide passar um fim de semana à beira da praia e Sepideh (Golshifteh Farahani) convida Elly (Taraneh Alidoosti), professora de sua filha, para acompanhá-los. Depois de algum tempo, Elly desaparece sem deixar vestígios.

No One Knows About Persian Cats (2009)

Dois compositores iranianos decidem montar uma banda underground no Irã, mas logo o projeto se torna um pesadelo. Diante das barreiras impostas pelas autoridades, os jovens decidem mudar de foco e investir num show em Londres – e nos passaportes que os permitirão deixar o país.

Cópia Fiel (2010)

Juliette Binoche é a estrela deste drama cheio de sarcasmo escrito e dirigido por Kiarostami. Ela interpreta uma francesa que visita a palestra de um inglês, na Itália. Ela e o palestrante passam um dia inteiro juntos discutindo os conceitos de original e cópia, enquanto encenam suas próprias vidas

A Separação (2011)

Único vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pelo Irã, até agora, “A Separação” é ao mesmo tempo uma aula e um desafio de ética e moral. Um casal enfrenta a iminência da separação porque precisam seguir caminhos diferentes: ela quer sair do país para garantir uma educação melhor para a filha, enquanto ele quer ficar para cuidar do pai doente. Para complicar ainda mais, o marido é o único capaz de realizar a separação, e ele não está disposto a ceder.

Circumstance (2011)

Apesar de haver muitas protagonistas mulheres no cinema iraniano, poucas são as diretoras nascidas ali. Uma delas é Maryam Keshavarz, que ganhou destaque com o drama “Circumstance” em 2011. O filme conta a história de dois irmãos – uma menina e um menino, que seguem caminhos opostos na adolescência. Enquanto ela explora a juventude com sexo, drogas e festas ao lado de sua melhor amiga, ele retorna da reabilitação com uma obsessão destrutiva.

Táxi Teerã (2015)

Depois de ser preso e proibido pelo governo iraniano de fazer filmes (por apoiar um candidato oposicionista), Jafar Panahi decidiu burlar as regras e filmar secretamente. Disfarçado de taxista, o diretor recebeu moradores comuns de Teerã em seu carro e filmou discussões sobre o cotidiano e a política do país. O filme ganhou o Urso de Ouro em Berlim.

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