Por Ana Claudia Crispim, Viaje aqui
Uma confissão: eu procurei a casa da Frances Mayers. Parei o carro em frente e fiquei lá uns 15 minutos. No fim, deixei um bilhetinho e um maço de flores que peguei na estrada. Queria que ela me convidasse para comer uma torta de pêssegos frescos. Sim, eu deixei meu e-mail… e nunca recebi uma resposta.
A história se passa na Toscana rural, numa vila muito, muito linda! (Eu ainda não descobri onde fica, mas juro que um dia descubro. Alguém sabe?).
Um escritor jovem e travado – gatinho, lógico – vai em busca de um consagrado escritor para convencê-lo a voltar a escrever. É claro que chegando lá ele encontra o velho e sua filha bonitona…daí nem preciso contar mais. Mas o filme não é só isso, vai por mim. História e cenas lindas pela Toscana roots.
Este filme do Woody Allen (com ele no elenco) é tão nonsense que eu nem vou tentar explicar as quatro histórias que não se cruzam. Muitos amam, muitos odeiam.
Eu amei.
Até porque Roma é a minha cidade preferida no mundo e todas as cenas externas, que levam a Cidade Eterna como pano de fundo, são lindas.
Para mim, Alec Baldwin, mesmo velhão e fora do peso, ainda é um Alec Baldwin. As cenas mais especiais dele estão no Trastevere, bairro moderninho na margem ocidental do Rio Tibre.
Filme argentino que se passa em Roma e exprime a história de amor de um casal de velhinhos divertidíssimos que vivem em Madri. Ela sonha conhecer a capital italiana e repetir a cena do filme La Dolce Vita, quando a linda Anita Ekberg entra de roupa e tudo na Fontana de Trevi (prática proibidíssima e sujeita a multa e prisão).
É uma abordagem sensível e muito realista do amor. Chorei, lógico.
É um filme tão… tão… Julia Roberts! Leia-se: “mulher separada que tira uns meses sabáticos para se recompor depois de um divórcio estressante”. 87,6% dos homens odeiam o filme e 98,5% odeiam ainda mais o best-seller da Elizabeth Gilbert – e certamente pararam de ler na parte do “Comer” em Roma. Bom, eu sou menina e comilona. E, claro, adorei as cenas italianas recheadas de macarrão, pizza marguerita e sorvete. E, infelizmente, me identifiquei muito com a cena em que ela tenta colocar uma calça e não consegue.
Em geral, as imagens são bonitas, bem feitas, coloridas. Os lugares são lindos. Mas não, não precisava ter o Javier Bardem falando inglês com sotaque espanhol no papel de um brasileiro. Afinal, para que temos o Rodrigo Santoro, minha gente?
Uma mocinha loirinha resolve procurar a autora de uma carta de amor escrita em 1957. Gosta de filminhos água com açúcar e cheios de clichê? Esse é para você. Vale pelas cenas lindíssimas de Verona.
É a estreia de Daniel Craig no papel do infalível agente 007 em sua primeira missão. Tem uma cena ótima do Bond, James Bond, saindo da água de sunga. Ops…o post não é sobre isso.
É sobre I-tá-lia, certo? Nesse caso, Veneza. O filme mostra a cidade real e, ao mesmo tempo, uma Veneza de mentirinha, com cenas muito impressionantes de destruição. Filmão.
Este é para quem adora o lado B das viagens. Faz parte de uma trilogia que mostra Florença e arredores sob o cotidiano de um grupo de velhos amigos que vivem para pregar trotes nas pessoas.
O forte dessa comédia hilária é justamente a irreverência do grupo – e as cenas de uma Florença-não-turística.
Tem tudo a ver com a capa da VT deste mês: Roma e uma scooter azul. Tudo bem que é um filme preto e branco de 1953, mas use a imaginação.
Ingredientes: casal romântico interpretado por Gregory Peck e Audrey Hepburn, beijos ardentes e chapados dignos de filme antigo e cenas de movimento recortadas sobre imagens de Roma.
Pense na rixa entre o italiano do norte e do sul. Agora, imagine um sujeito querendo ser transferido para Milão e por conta de um monte de enrascadas vai “de castigo” para Nápoles, por dois anos. É um desespero só, um mar de preconceitos quebrados e muitas surpresas.
Uma viagem muito visual pela Itália.
***Eu poderia fazer uma lista enorme de produções com cenas italianas, mas preferi indicar os que priorizam as paisagens e a fotografia. Mas, de brinde, não podemos esquecer dos clássicos dos clássicos, como O Poderoso Chefão, O Talentoso Ripley, Cinema Paradiso, O Carteiro e o Poeta, Cópia Fiel, A Vida é Bela, Só Você… e por aí vai. Artigo original aqui.
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