Se existe uma coisa que a vida ensina é que ela não acontece como planejamos. As pessoas influenciam e são influenciadas pelos seus contextos e são suas escolhas, dentro desses contextos, que desencadeiam suas histórias.
O tempo nos mostra que a justiça e os detentores da lei nem sempre são éticos, assim como também, algumas vezes, mesmo tendo direitos, não compensa entrar em algumas batalhas pois, o custo-benefício da batalha leva a muito mais perdas do que ganhos pessoais.
Certo e errado? Depende do autoconhecimento de cada um, do peso das escolhas em suas vidas e, principalmente, em suas consciências.
Abaixo, redigi 10 lições (não tão ortodoxas), mas, que precisam ser encaradas e ponderadas quando temos de fazer escolhas pessoais.
Dormimos tarde, acordamos atrasados, perdemos tempo em locais que não nos agradam e nos sentimo eternamente em débito com a família…
Perceba seu local e importância no mundo. Por que você faz o que faz e está inserido nos grupos e locais que o rodeiam?
A energia do homem precisa ser canalizada para algo que lhe forneça uma identidade, um papel social. A pessoa precisa ter uma ocupação em que se sinta produtiva, mesmo que não seja remunerada. Precisa de reconhecimento de seu local no mundo e também precisa transmitir características que são só suas, o que caracteriza a herança cultural de um povo.
Embora o luxo seja atraente e tentador, ele nos deixa pouco à vontade. É na simplicidade que rimos alto e sem medo, sentamos nas calçadas, baixamos nossa guarda e somos sinceramente felizes.
Vivemos em uma cultura em que a arte ainda é privilégio de poucos. Mas, o maior problema é que poucos admiram, porque poucos são expostos ao que é bom. Se você coloca qualquer pessoa em contato com material de qualidade, ela reage imediatamente! A capacidade de criar e de admirar é de todos, observe.
Detesto essa “mania” que as pessoas têm de achar que tudo deve estar bem o tempo todo. Isso simplesmente não existe. A realidade nos pede tempo para todos os sentimentos e a única coisa que consigo pensar de alguém que se diz “zen” o tempo todo é que essa pessoa é do tipo “zen” noção (desculpem-me pelo trocadilho).
Existe tanta arrogância, tanta ‘pompa’ no comportamento das pessoas. Mas, o fato é que, mesmo sendo muitos de nós pessoas basicamente coerentes, em alguns momentos seremos ludibriados, manipulados e sofreremos com as oscilações de opinião das pessoas e seus humores. Sofreremos também com nossas relações íntimas, com a quebra da palavra, com a inconstância e a volatibilidade das relações atuais. Porém, enquanto cairmos, é sinal de que optamos por primeiro acreditar. Enquanto sofrermos, é sinal de que os vínculos foram verdadeiros.
Os tombos diminuem com o tempo, mas, é importante que aconteçam, pois. são eles que permitirão que possamos aprender a discernir pessoas doentes e de caráter ruim que precisamos evitar.
Muitas vezes, o preço de falar o que pensamos (nos mais diversos contextos) pode ser tão alto que isso gera coação e perseguição por quem se sente ameaçado em suas falsas verdades, na manipulação do poder e de imagens pessoais fabricadas e que precisam ser preservadas a todo custo.
Penso que, em alguns momentos, precisamos mesmo calar e recuar para poder continuar (algumas lutas não valem a pena e precisamos refletir muito antes entrar nelas). A justiça, infelizmente, nem sempre está do lado de quem tem razão e também é facilmente manipulada, pois, quem está no comando pode não ter os mesmos interesses do coletivo. É triste, mas, é verdade.
Normalmente, as pessoas mais interessadas em debater e questionar a “ética'” dos outros, são os menos éticos.
Excesso de rigidez em métodos antigos cega para diversas realidades, mesmo que elas sejam explícitas. Ser flexível é uma coisa, ser volúvel é outra.
Infelizmente parte dos profissionais que temos atuando no mercado gosta de encobrir formação medíocre, covardia e baixa capacidade crítica com falso moralismo. Na maioria das vezes são esses que continuam, com orgulho, seguindo com a manada, enquanto falam mal de tudo e de todos pelas costas. Lembre-se de que não é com essa gente que você deve se importar.
Toda vez que você diz um sim para algo querendo dizer não, acumula “nãos” para si mesmo.
Precisamos sentir mais, mesmo que o sentimento seja ruim. Precisamos questionar mais, mesmo que o rosto do colega não seja o mais satisfeito (isso previne depressão). Porém, mais do que tudo isso, precisamos viver mais e melhor. Enquanto estamos vivos, podemos repensar e, acima de tudo, resgatar nossos valores.
O preço de ser uma pessoa minimamente inteligente é saber o peso e as consequências dos próprios atos. É, apesar das loucuras da vida, perder-se sim, mas, voltar para a realidade o mais rápido possível e continuar.
Que nossas cegueiras momentâneas e autossabotagens sejam perdoadas… não pelos outros, mas, por nós mesmos.
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