Em seu livro “Comunicação Essencial – Estratégias eficazes para encantar seus ouvintes” (Editora Gente), Reinaldo Passadori sugere um teste para você descobrir se é um bom comunicador.
Separe 20 minutos do seu tempo para realizar este teste, sem interferência alguma.
Leia atentamente as questões e as alternativas, assinalando a letra correspondente à cada resposta. Anote as letras que correspondem às respostas assinaladas e faça os cálculos com base na tabela que acompanha o teste. Leia, ao final, a interpretação do seu resultado:
1 – O que você pensa da sua voz na secretária eletrônica?
a. Parece estranha, é horrível, não gosto.
b. Gosto, mas acho que tem muitos defeitos.
c. É maravilhosa, com bom timbre, musicalidade, boa dicção. Parece voz de locutor.
2 – No que diz respeito ao olhar, qual é a sua atitude?
a. Não costumo olhar nos olhos das pessoas quando falo com elas; tenho vergonha, até tento, mas não consigo. Fico inibido.
b. Olho às vezes, mas logo disfarço olhando para cima, para os lados ou para baixo.
c. Olho com firmeza e segurança, sem constranger a outra pessoa.
3 – Sobre seus gestos, como você costuma se comportar?
a. Seguro minhas mãos, enfio-as nos bolsos, cruzo os braços ou preciso ficar segurando algo.
b. Solto as mãos, faço alguns gestos e alguns movimentos e sei que os gestos reforçam a expressão corporal.
c. Faço gestos e sei que eles são adequados ao conteúdo e ao processo da fala, formando um conjunto harmonioso em relação à expressão corporal.
4 – Como você definiria seu estilo?
a. Sou do meu jeito, minhas roupas e a aparência são diferentes da maioria das pessoas, e isso as assusta um pouco, mas não me importo. Sou espontâneo e sincero, e quem gostar de mim deve me aceitar do jeito que eu sou.
b. Visto-me razoavelmente, mas sei que sou conservador e que preciso me atualizar, cuidar melhor do corpo e da aparência.
c. Sou atualizado, sem seguir muito os modismos. Geralmente causo boa impressão devido ao modo elegante de me vestir, asseio e apresentação pessoal
5 – Em eventos sociais, como você se apresenta?
a. Cometo muitas gafes em apresentações, cumprimentos, cortesias, comportamento à mesa. Sei muito pouco a respeito disso.
b. Enfrento as situações. Sei que domino alguns conhecimentos, pois já li algo a respeito disso, mas não me aventuro a participar ativamente de eventos sociais muito formais.
c. Trafego com facilidade em qualquer tipo de evento social. Saio-me bem quando me apresento e me exponho a diversas situações, formais ou informais.
6 – Você foi convidado para falar em público. O que normalmente acontece?
a. Tenho dificuldade para encontrar palavras que expressem meus pensamentos. É comum perder o raciocínio.
b. Falo razoavelmente, embaraço-me às vezes e percebo que sinto alguma dificuldade para encontrar as palavras exatas.
c. Falo bem, com propriedade, naturalidade e domino as palavras. Leio muito, tenho um vocabulário rico para expressar minhas idéias.
7 – Seu chefe solicitou que você preparasse uma apresentação na convenção anual da empresa. Como a estruturaria?
a. De modo intuitivo. Como não domino nenhuma técnica e não conheço nenhum método de apresentação, ficaria em dúvida sobre planejamento, preparação e condução da palestra.
b. Por ter algum conhecimento sobre organização e planejamento, eu estruturaria a apresentação com começo, meio e fim, subdividindo-a em partes. Mas sinto que ainda sou fraco nisso.
c. Planejo, preparo, administro o tempo, uso adequadamente recursos audiovisuais, sei técnicas para iniciar, desenvolver e encerrar uma apresentação.
8 – Você se acha tímido?
a. Sim, normalmente fujo de situações em que tenha que me expor diante de um público.
b. Sim, e tenho consciência da minha timidez. Esforço-me para superá-la, mas é sempre um sofrimento quando preciso falar em público.
c. Não. Domino meus medos e temores, conheço e uso técnicas de relaxamento, administro minhas preocupações e tensões.
9 – Sobre o uso de recursos audiovisuais:
a. Não recorro a nenhum, pois a fala é suficiente para que todos possam me entender. O importante é o conteúdo.
b. Por ser organizado e perceber a importância de tais recursos, procuro usá-los, mas geralmente faltam qualidade e técnicas para obter melhores resultados.
c. Conheço e utilizo adequadamente todos os tipos de recurso audiovisual. Escolho com cuidado imagens, conteúdo, cores, figuras, gráficos e recorro a sistemas computadorizados.
10 – Como você se comporta nas relações interpessoais?
a. Por ser de natureza introvertida, normalmente fico quieto, evito conversar, e as pessoas não me procuram.
b. Converso, tomo algumas iniciativas, mas só quando necessário. Exponho pouco minhas idéias.
c. Sou espontâneo, carismático, simpático e normalmente benquisto. Tenho muitos amigos e sou popular. Muitas pessoas param para me ouvir.
11 – Qual é a velocidade de sua fala?
a. Depressa ou devagar demais. Quando falo, provoco impaciência ou nervosismo nas pessoas.
b. Falo em velocidade normal, mas não arrisco variações. Sei que ainda falta algo para gerar mais impacto em minha fala.
c. Administro bem a velocidade da minha fala. Faço variações, expresso corretamente minhas emoções, propiciando um impacto positivo e despertando a atenção das pessoas.
12 – Como é sua dicção?
a. Ruim, pois falo com a boca semifechada. Tenho dificuldade com língua presa ou excessiva nasalação.
b. Mediana. Percebo que alguns sons de sílabas ou palavras não são claros. Posso melhorar.
c. Excelente. Falo com clareza e boa entonação, não tenho afetações exageradas de sotaque nem uso estrangeirismos. Normalmente sou elogiado pela clareza de minha pronúncia.
13 – Como você costuma se comportar em reuniões?
a. Não falo nada; entro quieto e saio calado. Só me expresso quando questionado sobre algo.
b. Participo, mas sou lacônico, não me exponho nem corro riscos. Falo o básico e o necessário.
c. Não só participo como dirijo reuniões. Sou entusiasta, motivado, apresento, estimulo a participação dos outros. Consideram-me um líder.
14 – Qual é se desempenho em vendas?
a. Não vendo nada, nem a mim mesmo, e, quando vendo, tenho vergonha de cobrar.
b. Vendo porque tenho que vender, por exemplo, minhas habilidades em uma entrevista de emprego ou em um processo seletivo.
c. Sou um vendedor nato. Conheço técnicas, tenho sensibilidade para me adequar a qualquer perfil de pessoa, desenvolvo boa argumentação e fecho negócios. Vendo qualquer coisa que quiser.
15 – Como você se comporta em festas e eventos sociais?
a. Normalmente, fico só, converso pouco e sinto-me envergonhado de puxar um assunto ou me aproximar de alguém.
b. Divirto-me, falo com as pessoas, em geral conhecidas. Sinto que poderia ser mais ousado, mas algo me prende.
c. Sou alegre, extrovertido, falo com qualquer pessoa. Sei que tenho jeito para puxar uma conversa e me saio bem nesse tipo de situação.
16 – Qual é a sua atitude na comunicação com outras pessoas?
a. Não me importo com elas. Tenho meu estilo e minha personalidade. A responsabilidade de entender o que falo é do outro.
b. Normalmente, consigo em fazer entender, mas sou resistente a mudanças. Reconheço que preciso me flexibilizar mais.
c. Tenho empatia, ou seja, sei me colocar no lugar do outro. Sei que a responsabilidade de uma boa comunicação depende muito de mim e da minha capacidade de flexibilização para me fazer entender.
17 – Como anda sua auto-estima?
a. Não gosto de mim. Geralmente vejo-me cheio de defeitos e problemas.
b. Gosto um pouco de algumas habilidades e capacidades que reconheço em mim. Sinto que posso e preciso gostar mais de mim mesmo.
c. Valorizo-me e por isso sei que sou valorizado. Conheço minhas falhas, e isso me ajuda a não me ver como um ser humano maravilhoso, repleto de virtudes e capacidades físicas, mentais, emocionais e espirituais.
18 – Como você avalia sua comunicação?
a. Sou como sou, tenho um estilo definido, uma personalidade forte e penso que não preciso aprimorar minha comunicação. Que me aceitem como sou.
b. Percebo que a comunicação é importante para mostrar ao mundo meu potencial, mas não faço nada a respeito disso. Acredito que com o tempo desenvolverei naturalmente essa habilidade.
c. Reconheço que se não me comunico não sou nada, não sou ninguém. Sempre que posso invisto nessa competência, leio livros, assisto a seminários e palestras, faço cursos e me exercito constantemente.
Contagem dos pontos:
Some 1 ponto para cada resposta A, 2 pontos para cada resposta B e 3 pontos para cada resposta C. Some os pontos e confira o resultado abaixo:
Até 27 pontos: FRACO
Você dá pouca importância à comunicação e à própria imagem, não se importa com o que pensam e sentem a seu respeito. Normalmente foge de situações em que é convidado ou convocado para se expor, sofrendo por medo ou ansiedade. Você tem, também, dificuldade para se relacionar em contextos de vendas, negociações ou em eventos sociais. Se deseja obter maior sucesso em sua vida pessoal e profissional, precisa romper as barreiras que o impedem de se expor e desenvolver a habilidade da comunicação.
De 28 a 36 pontos: REGULAR
Você já fez algo e aproveita as oportunidades em que é necessária a habilidade de comunicação. Tem algumas habilidades desenvolvidas, tais como voz bem utilizada, facilidade de organizar idéias e extroversão, mas ainda é limitado na aplicação das competências da comunicação. Como você, a maioria das pessoas situa-se nessa faixa. Elas têm consciência da importância da comunicação, mas não a desenvolveram.
De 37 a 45 pontos: BOM
É bom comunicador, relaciona-se bem com as pessoas, tem consciência de que através da comunicação mostra seu potencial individual. Tem habilidade para vender e negociar e, eventualmente, fala em público, mas apenas quando a situação é inevitável. Possui uma percepção desenvolvida das outras pessoas, domina técnicas de comunicação, estudou e estuda o assunto. Reconhece que ainda há pontos a serem aprimorados e sabe que isso só depende de esforço e boa vontade.
De 46 a 54 pontos: ÓTIMO
Fala bem, com desenvoltura, fluidez e naturalidade em todas as situações. Exerce papéis de liderança e influência sobre outras pessoas, tendo facilidade para vendas e negociações. É pessoa simpática, irradia energia de entusiasmo e vitalidade, é ousado e corajoso. Domina seus medos e tem prazer em utilizar a comunicação quando precisa ou deseja falar em público.
A melhor coisa que você pode fazer para melhorar suas habilidades de comunicação é aprender a escutar – realmente prestar a atenção e deixar a outra pessoa falar sem interrompê-la. É difícil, mas melhora a conversa mesmo se os estilos de comunicação não forem iguais, e leva a outra pessoa a te ouvir atentamente também.
A comunicação é uma via de mão dupla. Se você praticar ver as coisas pelo ponto de vista do outro pode reduzir a dificuldade e a ansiedade que às vezes surge ao tentar se comunicar verdadeiramente com alguém. Desenvolver empatia ajuda a entender melhor até o que não foi dito com palavras, e a responder de forma mais eficaz.
Tenha em mente o que você quer falar e use poucas palavras. Por exemplo, ao mandar um e-mail, pense no objetivo ou razão para manda-lo na informação que você quer passar e na resposta que quer obter. Simples. Uma boa política tanto para comunicação escrita quanto verbal é usar os 7 Cs da comunicação: ser claro, conciso, concreto, correto, coerente, completo e cortês.
Os melhores comunicadores ajustam a forma como falam com base em quem está ouvindo. Você provavelmente usaria um estilo diferente de comunicação com seus colegas de trabalho x seu chefe, ou com seu marido/mulher x seus filhos. Tente sempre manter a perspectiva da outra pessoa em mente quando você está passando sua mensagem.
É muito rude usar o telefone enquanto alguém está falando com você, ou quando você está em um reunião com outras pessoas. Talvez seja impossível se livrar de todas as distrações ou pôr de lado a tecnologia completamente, mas o esforço de se engajar totalmente na conversa melhora muito a nossa comunicação com os outros.
Fazer perguntas e repetir as últimas palavras da outra pessoa mostra que você está interessado na conversa, além de ajudar a esclarecer pontos que poderiam ser mal interpretados. Também auxilia na hora da conversa fiada, para preencher silêncios constrangedores. Em vez de tentar puxar papo falando do tempo, faça perguntas como “Quais são seus planos para suas férias?” ou “O que você está lendo ultimamente?”, e continue a conversa baseado nas respostas. Para uma boa comunicação, é mais importante se interessar do que ser interessante.
Histórias são poderosas. Elas ativam o cérebro, tornam apresentações mais interessantes, nos deixam mais persuasivos e podem até nos ajudar em entrevistas. Estude os segredos de se contar uma boa história, e use conjunções para estruturar sua narrativa.
Jogar conversa fora é uma arte que muitas pessoas não dominam. Silêncios constrangedores com pessoas que você mal conhece podem ser evitados pelo método FORD (família, ocupação, recreação e desejos). A partir desses tópicos, você aproveita temas para puxar papo, por exemplo qual o hobbie da pessoa, se ela tem irmãos ou qual é seu sonho na vida. Você também pode transformar um papo superficial em uma conversa mais densa compartilhando informações que podem ajudar a te encontrar algo em comum com a outra pessoa.
“Hum”, “ah”, “tipo” e seus derivados fazem pouco para melhorar o seu discurso ou conversas cotidianas. Elimine-os para ser mais persuasivo e/ou parecer mais confiante. Para isso, você pode simplesmente tentar relaxar e fazer uma pausa antes de falar. Esses silêncios parecem mais constrangedores para você do que para os outros.
Dizer que está aberto a discussão com os braços cruzados; dizer que está ouvindo, mas não tirar os olhos do celular. Nossos sinais não verbais e não escritos muitas vezes revelam mais do que pensamos que eles fazem. Seja a maneira como você faz contato visual ou sua pose durante uma entrevista de emprego, não se esqueça de que você está em constante comunicação, mesmo quando você não está dizendo nenhuma palavra.
Uma forma de ficar atento a essa linguagem corporal é pensar em seus dedos do pé, ou adotar uma pose dominante que aumente sua confiança. Também é legal aprender a ler a linguagem corporal das outras pessoas para que você possa responder apropriadamente.
Fonte indicada: HipeScience, Catho
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