No mundo da escrita, é comum o hábito dos profissionais procurarem conselhos de escritores em busca de aperfeiçoamento pessoal. O compartilhamento de experiências é fundamental nesse ramo.
Novas ideias surgem na medida em que são capturadas e postas em prática. Escritores estão sempre em busca delas.
Bons escritores sabem aproveitar uma inspiração quando ela aparece, e emergem de confiança para desenvolver seu trabalho. Tais profissionais precisam estar constantemente informados sobre o mundo à sua volta, e agir como caçadores de tendências que transformam histórias em experiências.
Como produtores de conteúdo, os escritores têm a necessidade de transmitir suas ideias e pensamentos não só para informar ou entreter as pessoas, mas também de forma que eles mesmos sejam compreendidos. Ernest Hemingway sempre dizia:
“Como escritor, você não deve julgar. Você deve compreender”.
A escrita é uma forma de telepatia; uma espécie de força sobrenatural poderosa que une escritor e leitor no mesmo contínuo de espaço e tempo. Essa fusão de mentalidades é um fenômeno fantástico.
Das formas de arte, a escrita é a mais pura e destilada. Embora poucas profissões sejam tão solitárias quanto a do escritor, esse ofício promove um prazer extraordinário. As possibilidades de trabalho são inesgotáveis, o aprendizado é constante, múltiplas conexões são criadas e o contato remoto com milhares de vidas acaba compensando a solidão, que é temporária.
As coisas que vêm à mente de um escritor são, em prática, ferramentas de trabalho; mecanismos de uma complexa engrenagem assídua na mente do escritor.
Escritores questionam-se frequentemente sobre a qualidade de seus textos, e estão sempre procurando por feedbacks para orientar os trabalhos futuros. Algumas dicas podem lhes ser úteis nesse sentido, como as seguintes:
Quem não lê também não escreve. Alimento nos mantêm fortes, assim como a leitura ajuda a construir um bom vocabulário e formar bons escritores. Se você não tiver tempo para ler, não terá tempo (nem ferramentas) para escrever. O ideal é ler por prazer, não por obrigação. Sempre que estiver na ótica de uma palavra ou um texto, procure analisá-lo sob seu ponto de vista, e desenvolva algo em cima dessa inspiração. Há poucas garantias na vida, mas uma delas é que bons leitores fazem bons escritores, e vice-versa.
A prática leva à perfeição, ou quase isso. Desde que você esteja dedicando um bom tempo à leitura, faça o mesmo com a escrita. Tente coisas novas, não fique parado. Quando se passa por longos períodos sem escrever, as ideias esfriam, e textos inacabados perdem seu fio condutor. Pratique a arte com consistência e disciplina. Se realmente não houver tempo disponível, é porque faltou prioridade.
O tempo que você dedica a uma atividade é proporcional à sua assimilação. Mantenha um certo controle do tempo que você leva para finalizar uma redação. Reserve algumas horas diárias para escrever, e, se preferir, organize a tarefa em tópicos: pesquisa, ideação, estruturação, formatação, edição e revisão, por exemplo. Não se esqueça de investir uma parte desse tempo em procrastinação (contribui no rendimento). Geralmente, o processo de escrita leva mais tempo do que foi planejado, uma vez que esse é um trabalho de caráter artístico, sujeito a algumas imprevisibilidades e manias estéticas.
Para quem você está escrevendo? Quais são as expectativas dessas pessoas? O que lhes interessa? Como vão responder ao seu ponto de vista? Conhecer o público-alvo é muito importante para uma escrita bem-sucedida. Escrever para uma revista de arte e cultura, por exemplo, é bem diferente de escrever histórias para crianças. As necessidades e motivações dos leitores variam bruscamente, conforme o perfil, então o escritor deve se adaptar aos diferentes hábitos de consumo de conteúdo.
Novas tecnologias captam a nossa atenção como aspiradores sugam o ar. Antes de escrever, certifique-se de desligar todos os aparelhos eletrônicos, com exceção de seu computador. Fique offline nas redes sociais, e mantenha abertos apenas os sites e programas que vai utilizar como base para escrever. Pouco importa quantas abas estejam abertas, contanto que façam parte do processo criativo. Escolha um ambiente silencioso, bem iluminado e onde você se sinta confortável.
Você é o escritor. Você é o pesquisador. Você é o estudioso. Você leu, pensou, analisou e escreveu sobre o tema. Você é observador e curioso. Agora mostre isso em sua escrita. Seja confiante de si mesmo. Faça afirmações sólidas, construa argumentos consistentes e faça perguntas inquisidoras. Apresente suas ideias e perspectivas sem medo do respaldo. A autodúvida é um fator constante e, inúmeras vezes, você falhará, mas não deixe isso ameaçar sua posição de autoridade como escritor. Não se preocupe em ser um especialista, mas em fazer o seu melhor com aquilo que tiver.
Se você tiver dúvidas, preocupações ou estiver preso em algum dilema, peça ajuda a outras pessoas. Procure por novas opiniões e sugestões quando não estiver seguro sobre algo. Deixe de lado o orgulho e apoie-se em outras bases, sempre que necessário.
Nem todas as pessoas que fazem parte de sua audiência conhecem ditados populares, frases de efeito famosas ou jargões que remetem a um significado específico. Cuidado com os regionalismos, principalmente se seu público estiver espalhado por vários estados ou países. É impossível universalizar cada mensagem escrita, mas é possível evitar expressões que só surtem efeito em determinado território geográfico. Humanizar é preferível a popularizar.
Leia, releia e faça isso quantas vezes forem necessárias até você ter certeza de que a coisa toda ficou boa. Ouça sua autocrítica, mas pense duas vezes antes de aceitar seu julgamento. Apesar de muitos escritores considerarem mais importante o significado emocional do que a estética do texto, fatores como linguagem, vocabulário e coerência são igualmente importantes, e devem estar adequados às regras gramaticais e ortográficas. Assim como um corpo atlético e definido chama a atenção e possui suas vantagens, um texto com boa estética também impressiona positivamente. A forma não é mais importante do que o conteúdo, mas uma coisa sem a outra forma um algo incompleto, na escrita.
Escritores precisam saber quais palavras são apropriadas para cada situação, da mesma forma que devem compreender quais partes do texto merecem ser excluídas em definitivo. Se uma frase ou parágrafo estiver dissonante, incompatível ou não acrescentar absolutamente nada de útil, então a lixeira é seu lugar. A sensação de cortar as pontas soltas é agradável e, mesmo se houver um sentimento de pesar, é só lembrar que algo novo (e melhor) poderá preencher o vazio.
Não existe uma fórmula secreta para o sucesso, e com escrita não é diferente. Como diz o escritor americano Stephen King, “escrever não é sobre ganhar dinheiro, ficar famoso, conseguir encontros, transar e fazer amigos”. Escrever é sobre ficar feliz.
Lembre-se de que você escreve primeiro para si mesmo, e depois para os outros. Valorize essa ordem de acontecimentos. É realmente satisfatório receber críticas construtivas e elogios sinceros pelos seus textos, mas essa gratificação não deve ser maior do que a alegria de simplesmente escrever.
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