Quem esteve sob estresse por um longo período de tempo já deve ter percebido como o corpo e a mente ficam esgotados.
Cansaço e fadiga durante o dia, indisposição, mal-estar, irritação precoce, insônia. Seja qual for a consequência do estresse, a saúde fica severamente comprometida.
Sintomas diversos podem surgir por causa de estresse e esgotamento, incluindo tonturas, variações bruscas na pressão sanguínea, boca seca, pele ressecada, dor nas articulações e na cabeça, desejo por alimentos doces e gordurosos, ganho de peso, etc. É claro que, às vezes, isso acontece como resultado de desafios ordinários da vida, como, por exemplo, trabalhar e estudar longas horas sem descanso ou cuidar de um familiar doente. No entanto, esses males também são suscetíveis de ocorrer após experiências traumáticas como enfrentamento de doenças incapacitantes, acidentes, a morte de um ente querido, abuso verbal ou sexual, violência física, entre outras.
Quando se está estressado, as glândulas adrenais liberam hormônios do estresse como cortisol e adrenalina, os quais são bastante úteis em situações de emergência, já que preparam o corpo para reagir. Após a situação de disparo ser resolvida, há uma diminuição natural desses hormônios. Porém, quando a “emergência” se prolonga por semanas ou meses a fio, o estresse torna-se crônico, e começamos a experimentar esgotamento físico e mental.
O estresse de curto prazo é incômodo e desagradável, mas o estresse crônico é muito pior, e gera problemas potencialmente devastadores. É muito mais difícil viver enquanto se luta com a sensação premente de estar sobrecarregado e esgotado.
Sim, há ocorrências comuns de estresse temporário que são facilmente suportáveis no dia a dia, e a maioria de nós lida com isso sem maiores dificuldades. Mas a periodicidade e constância do estresse não sugere que se deva conformar com essa condição como se fosse inofensiva, e não patológica. O estresse é naturalmente desgastante, não de todo controlável, mas seus efeitos podem ser contidos ou minimizados. Em todo caso, é melhor prevenir do que remediar.
Se estamos fisicamente cansados, é resultado de algo que fizemos, como praticar exercícios físicos de forma intensa e rigorosa. Para resolver isso, basta um bom intervalo de sono, uma refeição reforçada ou simplesmente alguns momentos de repouso relaxante. Mas, quando o cansaço vem do estresse, é diferente. É uma exaustão mental, que prejudica a realização mesmo das atividades mais simples e banais. Pensamentos negativos e retardatários são frequentes enquanto estamos exaustos mentalmente.
Compreender a diferença entre cansaço físico e esgotamento relacionados ao estresse é importante para se agir adequadamente em busca de aliviar essas tensões.
Pessoas que experimentam um nível elevado de estresse diário podem não perceber os perigos de seu estilo de vida. Alguns efeitos colaterais originados do estresse só são realmente identificados quando um considerável prejuízo na saúde já se deu.
A identificação tardia de problemas de estresse faz acentuar seus efeitos a níveis práticos, embora existam múltiplas soluções alternativas para sanar essas complicações, encontradas na medicina, no esporte ou em terapias psico-comportamentais, por exemplo.
A linha é tênue entre o estresse natural e o crônico. O primeiro é considerado normal, até o ponto em que se transforma em esgotamento físico e mental.
Enquanto o estresse natural causa cansaço e fadiga esporádicos, o crônico pode causar males e doenças como depressão, obesidade, diabetes, hipertensão, infecções virais, desordens cognitivas e distúrbios psiquiátricos de toda ordem.
Esgotamento não é um simples cansaço que se sente ao acordar, enfrentar o trânsito, responder dezenas de e-mails pendentes, participar de reuniões o dia todo, lidar com clientes intransigentes, praticar tarefas complexas ou realizar atividades físicas intensas e repetitivas. Esgotamento é mais do que ser vencido pelo cansaço: é um verdadeiro colapso no sistema.
Pessoas que sofrem de esgotamento experimentam exaustão emocional, cognitiva e física, e isso gera consequências extremamente negativas, a partir das quais é necessário longo tempo de tratamento.
Esgotamento não afeta apenas no âmbito individual, mas também grupos inteiros, quando uma família, uma equipe de trabalho ou comunidades coesas podem ser desintegradas num átimo de tempo.
David Ballard, psicólogo da American Psychological Association, descreve o esgotamento como “um longo período de tempo em que alguém experimenta exaustão e falta de interesse nas coisas, resultando em declínio no seu desempenho produtivo”.
Desempenho ruim no trabalho, desequilíbrio de vida, falta de recursos e suporte nas relações sociais, falhas na implementação de autocuidado, tendências suicidas e comportamentos destrutivos.
Enfim, o esgotamento não é apenas fácil de identificar, como também impossível de ignorar. Os 12 principais sinais são:
Um sinal claro de exaustão é quando nos sentimos cansados o tempo todo. Essa exaustão pode ser física, mental ou emocional. Basicamente, é aquela sensação de não ter energia e estar gasto.
Quando não sentimos qualquer curiosidade, vontade ou entusiasmo por aquilo que fazemos. Falta de motivação impede que acordemos de manhã com disposição, e durmamos mais tarde com a consciência tranquila. Nesse meio tempo, ainda, ficamos estagnados demais para agir.
É a experiência de estar iludido ou de negligenciar ações. Assim, nos sentimos mais pessimistas do que de costume, e percebemos uma certa decadência emocional ao longo do tempo. Frustração, cinismo e outras emoções negativas são mais suscetíveis de surgir quando estamos esgotados.
Estresse crônico e esgotamento interferem na capacidade de manter foco e concentração. Estando estressados, estreitamos nossa atenção em elementos negativos, os quais percebemos como ameaças. O processo de “luta e fuga” é saudável apenas enquanto estamos em reação a um perigo real, mas é problemático para a cognição quando se estende indefinitivamente.
Como um mecanismo de proteção, nosso cérebro entra em blecaute ao passarmos por experiências traumáticas e muito estressantes. O evento de um trauma significativo dificilmente é esquecido, mas o “apagão” de alguns traços de memória interfere na lembrança dos detalhes mais específicos.
Insônia ocasional é comum, mas a frequente incapacidade de dormir (especialmente se for acompanhada de ansiedade e preocupações) pode sinalizar esgotamento. Nos estágios iniciais de insônia, pode-se passar algumas horas em tentativas malsucedidas de dormir; nos estágios avançados de insônia, pode-se passar por privações persistentes em todas as noites. Assim, o esgotamento pode ser tanto causa quanto consequência da insônia.
Pessoas que sofrem de esgotamento, muitas vezes, não têm a energia, paciência e nem prudência para fazer escolhas de vida saudáveis, ou então menos danosas. Elas podem descontar seu esgotamento em vícios, prazeres e subterfúgios, e então comem em excesso, fumam demais, usam drogas estimulantes (ou depressoras) e podem abusar de álcool, por exemplo, como forma de fugir da realidade e “expulsar” sentimentos aflitivos.
Se não for controlada, a sobrecarga de problemas e tensões acumuladas pode causar uma “explosão” emocional que afeta o indivíduo em si, e aqueles que estão ao seu redor. Desde pequenos aborrecimentos a impulsivos acessos de irritabilidade, estresse crônico desencadeia sentimentos de ira que exigem muita energia, e provocam esgotamento.
Obviamente, o esgotamento pode prejudicar (e muito) o desempenho produtivo no trabalho, e até provocar incapacitação. Uma vez que trabalhadores precisam investir tempo e esforço na execução de suas atividades, e ser efetivos nesse processo, a sobrecarga emocional e física do esgotamento limita a abrangência e viabilidade de seus investimentos, comprometendo negativamente suas ações, e danificando ainda mais a sua saúde. Faltas recorrentes no trabalho costumam ocorrer por conta do esgotamento, que, de fato, é um prelúdio para a sabotagem.
O esgotamento pode ser tamanho que a exaustão emocional “transborda”, e o indivíduo experimenta sentimentos de perda e falta de realização pessoal, que levam a despersonalização, problemas de autoestima, variações bruscas de humor, alienação e, dependendo da progressão do quadro, depressão e bipolaridade.
A perda ou falta de prazer pode ser imperceptível, ou acontecer de forma sutil a ponto de não interferir no senso de bem-estar. Mas, quando não há prevenção para o esgotamento, a perda de prazer é generalizada e afeta todas as áreas da vida: pessoal, social e profissional. Uma pessoa esgotada pode se retrair sentimentalmente perante a si e aos outros, passar menos tempo com família e amigos e procurar formas de se flagelar.
Caso o esgotamento se prolongue por tempo demais, a pessoa pode se ver dentro de um “buraco emocional” isolante e amedrontador. Se os sintomas de estresse crônico não forem previamente identificados e tratados através de reeducação comportamental, mudança de hábitos, intervenções medicinais ou outros tratamentos, sintomas depressivos podem surgir. Um sentimento leve de tristeza chega a ser normal em casos avançados de esgotamento físico e metal, mas essa tristeza se torna anormal quando progride para sensação catártica de apatia e desesperança que paralisa, incapacita e, claro, esgota.
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