Ouvimos por aí e repetimos às vezes sem perceber que “a vida imita a arte”. Mas, com um bom filme baseado em fatos reais na mão, vemos o poder que a arte tem, quando imita a vida.
São histórias reais, algumas assustadoras, outras com provas de força, liberdade e superação. Algumas histórias, realmente, não parecem possíveis. Outras, são boas lembranças de como dá para ter um final feliz.
O filme de terror conta uma história real, e pra lá de assustadora. Emily Rose, na verdade, era Anneliese Michel, uma garota alemã que começou a ter problemas aos 16 anos, em 1968, com tremedeira incontrolável, diagnosticada com epilepsia.
Foram muitos ataques, depressão e a garota foi internada para tratamento, quando começou a ter visões em suas orações diárias. Com o tempo, as visões e vozes que ouvia começaram a sair do controle, mas os médicos não acreditavam nela e a igreja não queria se envolver com um exorcismo (por conta da polêmica e dos restritos processos e sintomas que a igreja considerava possessão).
Anos depois, em 1974, o pastor Ernst Alt solicitou permissão para realizar um exorcismo. Nesse ponto, ela insultava, batia e mordia sua família, não comia comida, mas aranhas e moscas, andava nua, fazia necessidades pelo chão, dormia no chão frio e quebrava imagens santas e crucifixos. Ernst acreditava que estava possuída por seis demônios. Foram várias sessões de exorcismo, ela melhorou por um tempo, mas ela piorou, estava doente com pneumonia, febre e inanição, até que morreu durante o último exorcismo.
Há boatos de que a história por trás do ganhador do Óscar, Argo, é uma farsa por causa do final arranjado. O fato é que ela é dessas delirantes e cheias de emoção: narra os esforços de espionagem para tirar do Irã 55 fugitivos, uma equipe completa que foi feita refém na invasão do complexo diplomático dos EUA em Teerã, hospedados secretamente na casa do embaixador do Canadá.
Um agente da CIA, Tony Mendez, entra no Irã se fingindo de produtor de um filme de ficção científica em busca de locações no país. Enrola uns dias na capital e, na hora de sair, traz consigo os fugitivos, dizendo que faziam parte de sua equipe.
O filme que fez super sucesso sobre o golpista multifacetado interpretado por Leonardo Di Caprio, é inspirado na história de Frank William Abagnale Jr.
Frank começou com fraudes bancárias fazendo cheques sem fundo, cheques falsos, identidades falsas para abrir contas em bancos. Depois, por dois anos, ele se disfarçou de piloto da famosa companhia americana Pan Am e ganhou centenas de viagens para o mundo todo (pilotos ganham passagens gratuitas), mas nunca voou um avião.
Depois, como no filme, passou-se por pediatra, advogado e professor, na década de 60. Ele foi preso, mas depois solto com a condição que ajudasse o FBI com outras fraudes. E assim ele começou a trabalhar como consultor legítimo. Mais tarde fundou a Abagnale & Associates, onde adverte o mundo dos negócios sobre fraudes, e organiza palestras e aulas pelo mundo. Abagnale é agora um multi-milionário. Sucesso!
A história emocionante desse longa ganha destaque também pela trilha sonora de tirar o fôlego. Na história real que inspirou o filme, Chris McCandless doou o seu fundo universitário no total de 17 mil euros para uma ONG, começou a viajar no seu carro, abandonou-o, foi de boleia até o Alasca e dirigiu-se a um caminho coberto de neve.
Assim começava, no Alasca, sua vida selvagem, levando apenas 10kg de arroz, uma espingarda de calibre 22 com cartuchos, uma máquina fotográfica e uma pequena seleção de livros – incluindo um guia, de plantas comestíveis da região. Christopher então encontra uma espécie de van e passa a morar nela. Após ter sobrevivido mais de 100 dias, ele morreu em agosto de 1992 graças a uma planta venenosa. O seu corpo foi encontrado duas semanas depois, no começo de setembro.
A produção francoamericana rendeu uma indicação ao Oscar e tem uma das histórias mais emocionantes que eu já vi. A história real por trás do longa é de Jean-Dominique Bauby, editor da fashionista Elle, que aos 43 anos de idade sofreu um AVC que paralisou seu corpo todo, a não ser uma pálpebra, que ele começou a usar para se comunicar com as pessoas. É uma prova de que o ser humano tem uma força imensurável dentro de si.
Outro ganhador de Oscar, uma história triste e delicada, sobre a superação de um Rei de sua gagueira. O rei na vida real, George VI (pai da rainha Elizabeth II), numa época sem fonoaudiologia, procura auxílio em um terapeuta de fala pouco convencional e com técnicas pra lá de inusitadas. A parceria dá certo a tempo de seu grande discurso e os dois começam uma amizade.
O best seller que deu origem ao filme também é inspirado em uma história real. Jenny e John compram um cachorrinho que tinha tudo para ser o melhor amigo da família. Mas o bichinho não é um comportado cãzinho. Ele come tudo que vê pela frente, arma as maiores confusões e deixa seus donos completamente malucos. Mas, como todo bom cachorro, ele faz tudo com amor canino que só um bichinho pode ter. O final é super triste e lembra a gente de como, por mais incontroláveis que nossos animais de estimação sejam, eles são nossos melhores amigos.
O filme que eternizou Adrien Brody no papel do pianista Władysław Szpilman, dirigido por Roman Polanski, conta a história real de um famoso pianista judeu-polonês que trabalha numa rádio e vê seu mundo ruir com o começo da Segunda Guerra Mundial e a Invasão da Polônia em 1939.
A estação é bombardeada pelos alemães e Szpilman junto com outros judeus vão tendo seus direitos gradativamente retirados: primeiro o dinheiro diminui, depois eles devem usar faixas no braço para identificá-los e finalmente são exilados para o gueto até serem enviados para um campo de concertação. Mas ele é salvo por um amigo policial. Trabalhando como escravo, começa a contrabandear armas para um levante. O resto da emocionante história dele merece ser visto na tela. O filme ganhou três Oscars.
O filme que traz a clássica cena do beijo lésbico entre Kristen Stewart e Dakota Fanning de arrepiar a nuca de qualquer pessoa, é inspirado na história da girl band Runnaways, que quebrou padrões de “músicas feitas por garotas”, com vocais pesados, letras libertadoras e uma atitude bem rock’n’roll.
O filme sobre a banda só de garotas peca fatalmente em um ponto: para economizar tempo e deixar o foco em Joan Jett e Cherie Currie, eles ignoraram parte importante da história da banda, que são as muitas bateristas que o grupo teve ao longo de sua carreira. Mas o filme vale pelo som sujo e incrível.
Esse longa conta a triste e real história do navio Amistad, que trazia escravos negros contrabandeados de Serra Leoa para Cuba. No filme, um dos escravos, Cinqué, consegue abrir a fechadura de suas algemas e libertar uma série de outros presos. Eles começam uma rebelião, com a inteção de levá-los de volta para casa. A história é cheia de emoção, morte e muita luta em busca de liberdade. Vale cada minuto e ganhou diversos prêmios de cinema na Europa e EUA.
Mais uma história de um golpista, dessa vez apaixonado. Esse drama + comédia é sobre o impostor, artista, e fugitivo de prisões múltiplas Steven Jay Russel, que se apaixona por Phillip Morris enquanto estão presos na mesma cela.
Quando Morris é liberado da prisão, Steven arma um plano mirabolante para juntar-se a ele quatro vezes, a última da forma mais louca de todas. Jim Carrey interpreta Steven, e o filme definitivamente vale a pena.
Vencedor da Palma de Ouro em 2003, Elefante é inspirado no massacre de Columbine, quando dois típicos estudantes adolescentes de famílias de classe média, como quaisquer outros, invadem um conceituado colégio onde estudam e atiram contra vários colegas e professores do local. O filme é delicado e super sério, com a direção de Gus Van Sant.
A história real do estudante do MIT Ben Campbell, que precisa pagar as mensalidades de sua faculdade, mas não tem dinheiro, é muito boa. Ele ganha centenas de milhares de reais em poucos meses da forma menos esperada possível: pelas cartas. Recrutado por um professor, ele passa a fazer parte do grupo dos mais talentosos estudantes da escola, que todos os finais de semana vão a Las Vegas, com falsas identidades e com as suas mentes brilhantes, são capazes contar as cartas e ganhar. Mas o mundo dos cassinos não é legal com os contadores de carta, é?
Esse filme, que causou muita aflição na galera nos cinemas em 2010, estrelado pelo polêmico James Franco, conta a história real da odisséia de Aron Ralston, o escalador que ficou preso em uma abertura entre duas pedras pelo braço por 127 horas e filmou tudo. No filme agoniante, ele suspira, tem delírios, quase morre de sede, e tem que arrancar o próprio braço com um canivete sem ponta. Mas, calma, ele sobrevive e está vivo até hoje contando a história.
Um dos filmes de terror mais famosos de todos os tempos, O Massacre da Serra Elétrica é vagamente inspirado na história real do serial killer Ed Gein. Com um orçamento baixo para a época, o filme segue cinco adolescentes em uma viagem pelo Texas durante a década de 70 – quando são abordados pelo vilão Leatherface, munido com sua motosserra e sua máscara feita com a pele de suas vítimas.
Ed tinha uma mãe superproterora e hiper religiosa e um pai alcóolatra e abusivo, além de sofrer bullying no colégio por ser “sensível”. Dizem que os assassinatos que Ed cometeu eram especialmente de mulheres, possivelmente na tentativa de reconstruir sua mãe e simular a presença dela. Surgiu suspeita de ele ter tido relações sexuais com esses cadáveres, mas ele disse que cheiravam muito mal para tal ato. Ew!
O mais novo sucesso de Sofia Coppola recria a história de cinco jovens que formaram uma quadrilha de fanáticos por fama e dinheiro. Eles usam a internet para monitorar onde celebridades moram e onde estão para tramar assaltos às suas casas. Na vida real, a gangue roubou as mansões de famosos como Paris Hilton, Lindsay Lohan e Orlando Bloom. Sofia Coppola utiliza a produção para criticar o culto moderno de idolatria aos famosos.
Por Julia Bueno redatora, ObaOba.
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