Por Kevin Kaiser
Não há como duvidar. A neurociência confirma que as pessoas altamente criativas pensam e agem de forma diferente da pessoa média. Seus cérebros trabalham de uma forma única. Ocorre que esse dom, muitas vezes, pode prejudicar relacionamentos. Isso constatei pessoalmente, enquanto trabalhava no New York Times com escritores best-sellers e músicos premiados com o Grammy.
Se você ama uma pessoa altamente criativa, provavelmente vai experimentar momentos em que parece que ela vive num mundo completamente diferente do seu. A verdade é que ela vive mesmo. Mas é bom que se saiba: tentar mudá-los não é tão eficaz quanto tentar compreendê-los.
A compreensão começa ao tentar ver o mundo através de sua lente, lembrando-se dessas 20 considerações:
A mente criativa é uma máquina alimentada por intensa curiosidade. Não há botão de pausa e não há maneira de desligá-la. Isso pode ser cansativo, às vezes, mas, é também a fonte de algumas atividades divertidas e de loucas e animadas conversações.
Duas perguntas são feitas por pessoas criativas mais do que qualquer outro: “E se?” e “Por que não?”. Eles questionam o que todo mundo acredita inequívoco. Isso pode ser desconfortável para aqueles que estão ao seu redor, mas, é essa capacidade que permite que os criativos possam romper com as margens do possível.
Pessoas criativas preferem ser autênticas a serem populares. Mantendo-se fieis a quem de fato são, sem compromisso com aquilo que os demais reputam como correto. Essa é a sua definição de sucesso, mesmo que em virtude disso venham a ser mal-interpretados ou marginalizadas.
Pessoas altamente criativas são energizadas por grandes saltos mentais e pela adrenalina de começar coisas novas. Projetos existentes podem se transformar em chata monotonia quando a promessa de algo novo e excitante agarra sua atenção.
Criatividade tem um ritmo que flui entre os períodos de alta, às vezes maníaco, e tempos lentos que podem ser sentidos como “quedas”. Cada período é necessário e não pode ser ignorado, assim como as estações naturais são interdependentes e necessárias.
As pessoas criativas precisam frequentemente renovar a sua fonte de inspiração e de unidade. Muitas vezes, isso requer isolamento por períodos de tempo.
Ter o ambiente certo é essencial para o pico de criatividade. Pode ser um estúdio, um café, ou um canto tranquilo da casa. Onde quer que seja, permita-lhes definir os limites e respeite-os.
O altamente criativo necessita desligar-se do mundo de fora quando eles estão focados no trabalho. Caso percam o foco, para reavê-lo, poderá gastar mais de 20 minutos, mesmo que a interrupção se dê por apenas vinte segundos.
A criatividade é a forma de expressão humana que o torna o artista capaz de dizer daquilo que, em si, há de mais profundo. É impossível dar o que você não tem e você só pode levar alguém a algum lugar, quando você já tiver ido sozinho, mesmo que em suas fantasias. Uma pessoa criativa deve sentir de modo profundo para que possa se comunicar também profundamente.
Essas pessoas sentem tudo com intensidade e, por isso, são altamente criativas. Muitas vezes podem mudar, em fração de segundos, da alegria à tristeza ou até mesmo à depressão. Seu coração sensível, além de ser a fonte do seu brilho, é também a fonte do seu sofrimento.
Uma explicação nunca vai mover o coração humano tanto quanto uma história bem contada. Pessoas altamente criativas, especialmente artistas, sabem disso e contam histórias em tudo o que fazem, deixando que cada um tire por si as suas próprias conclusões.
Steven Pressfield, autor de The War of Art, escreve:
“A maioria de nós tem duas vidas. A vida que vivemos, e a vida não vivida dentro de nós. Entre as duas, bancadas de resistência”. Pessoas altamente criativas acordam todas as manhãs, plenamente conscientes da necessidade de crescer e de se motivar. Mas, há sempre o medo, “resistance“, como Pressfield chama, de que não consigam fazer aquilo que de fato necessitam. Não importa o quão bem-sucedida a pessoa seja: o medo nunca vai embora. Ela simplesmente aprende a lidar com o medo (ou não).
O trabalho criativo é uma expressão crua da pessoa que o criou. Muitas vezes, eles não são capazes de se separarem dele, por isso, toda crítica é vista tanto como uma validação ou condenação de sua autoestima.
Mesmo a pessoa criativa, aparentemente autoconfiante, muitas vezes se pergunta: Eu sou bom o suficiente? Estão sempre a comparar seu trabalho com o dos outros e deixam de ver o seu próprio brilho (que pode ser óbvio para toda a gente).
A ciência ainda não consegue explicar o mecanismo da criatividade. No entanto, indivíduos criativos sabem instintivamente como fazê-lo fluir. Se questionados, vão dizer que a criatividade não pode ser entendida, só experimentada.
Criativos são procrastinadores notórios, porque muitos fazem melhor o seu trabalho sob pressão. Eles inconscientemente, e às vezes propositadamente, retardam seu trabalho até o último minuto simplesmente para experimentar a adrenalina do desafio.
As recentes descobertas da neurociência revelam que “o estado de fluxo” pode ser a experiência mais viciante na terra. A recompensa mental e emocional é por que as pessoas altamente criativas irão sofrer com os altos e baixos da criatividade. Em um sentido real, eles são viciados na emoção de criar.
A fase inicial do processo criativo é um movimento rápido e carregado de emoção. Muitas vezes, eles vão abandonar projetos que são demasiado familiares a fim de experimentarem o fluxo inicial de um projeto novo.
A verdadeira criatividade, Steve Jobs disse uma vez, é pouco mais do que ligar os pontos. É ver padrões antes que se tornem evidentes para todos os outros.
Criativos serão eternas crianças que nunca perdem a capacidade de sentir, de se admirar, de se mostrarem perplexos. Para eles, a vida fala de mistério, aventura, superação. E assim, todo o resto, embora exista, deixa de ser uma verdade aos criativos.
Por Kevin Kaiser
Traduzido e adaptado exclusivamente para CONTI outra.
Do original 20 Things Only Highly Creative People Would Understand
Imagem de capa: Peshkova/shutterstock
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