“30 mil jovens por ano são assassinados no Brasil. 77% são negros. Você se importa?”
Brasil Anistia Internacional
No dia 21 de março de 1960, em meio a uma manifestação pacífica na cidade de em Joanesburgo, na África do Sul, cerca de 20 mil manifestantes faziam um protesto contra uma lei denominada “Lei do Passe”. Essa lei obrigava a população negra a usar um cartão que estabelecia os lugares em que os negros poderiam circular, naquela cidade.
Porém, a polícia do regime do apartheid, mesmo observando se tratar de uma manifestação pacífica, disparou contra a multidão de mais de 20 mil pessoas, matando 69 e ferindo outras 186.
O apartheid significa “separação”, trata-se de um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 por sucessivos governos do Partido Nacional, na África do Sul. Parte dos direitos da grande maioria dos habitantes (negros) foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
Para que as lições desse massacre jamais sejam esquecidas, a ONU estabeleceu, em 1969, o dia 21 de março como Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.
Estejamos atentos para que os nossos erros históricos não sejam esquecidos, para que nunca mais se repitam, com a velha ou novas roupagens.
No Brasil, desde 1951, a legislação tenta inibir a discriminação racial. A Constituição Federal de 1988 consolidou esse pensamento, fazendo com que a prática de atos discriminatórios em virtude da raça, o racismo, passasse a ser vista como crime imprescritível e inafiançável, sujeitando o infrator a pena de reclusão.
A lei pode até punir, mas o que educa são os bons exemplos que damos aos nossos filhos e aos demais que conosco convivem. Que as nossas almas estejam desprovidas de todo e qualquer preconceito racial, só assim poderemos mudar o mundo: a partir de nós mesmos.
Para pensarmos:
Jovem Negro Vivo, um vídeo da Anistia Internacional Brasil
Assine o manifesto www.anistia.org.br/
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