Um tema seríssimo e que tem o poder de destruir, muitas vezes para sempre, a vida de milhares de famílias brasileiras é o desaparecimento.
Só em 2017, foram registrados 82.684 desaparecimentos, o que equivale a 226 desaparecimentos diários.
No estado de São Paulo, em 2018, houve o registro de 24.368 desaparecimentos: 215 eram crianças de 0 a 7 anos, 1.035 eram crianças de 8 a 12 anos e 7.255 eram adolescentes. Ou seja, 8.505 crianças e adolescentes – um terço do total de desaparecidos no estado.
As causas são variadas: há o desaparecimento voluntário (fuga do lar devido a desentendimentos familiares, violência doméstica ou outras formas de abuso dentro de casa), involuntário (afastamento do cotidiano por um evento sobre o qual não se possui controle, como acidentes ou desastres naturais) e forçado (sequestros realizados por civis ou agentes de Estados autoritários).
O desaparecimento forçado é o mais assustador para as famílias, pois envolve redes de tráfico de crianças, órgãos, escravidão moderna, entre outros.
As politicas públicas não acompanham a necessidade e, como sabemos, as minorias e pessoas de baixa renda de regiões periféricas sempre são as mais prejudicadas.
“Encara-se como uma mera estatística o problema, nossos filhos se tornam meros números”, Ivanise Espiridião, presidente da Ong Mães da Sé e mãe de uma criança desaparecida e procura sua filha há mais de 20 anos.
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Com informações de observatorio3setor
Imagem de ibrahim abed por Pixabay