O ser humano necessita da vida em sociedade. A agregação das pessoas em grupos, com o advento da civilização, aumentou de proporção, até a formação dos países como os conhecemos. Isso tudo aconteceu por razões culturais, de segurança e sobrevivência.
Permanecemos juntos uns dos outros. Contudo, nos é cobrado um alto preço por isso, pois as necessidades e vontades individuais devem ser adequadas ao bem estar do grupo. Ou seja, nós não podemos transgredir as regras sociais, sem que haja uma punição para isso, caso invadamos os direitos dos demais.
Por mais que não concordemos com certas normas sociais, por sermos pessoas de bem, entendemos que elas são imprescindíveis para manter um equilíbrio e o respeito mútuo entre as pessoas, devido às diferenças intrínsecas entre cada indivíduo.
A lei serve a todos, mas em alguns sentidos, não serve para todos, pois algumas atitudes residem em nossa mente como ilícitas mas, em outras mentes, tais atitudes podem ser entendidas como lícitas. À exemplo disto, podemos citar as Leis de Trânsito, em nosso país. Ela coíbe atitudes que nem todas as pessoas têm, como por exemplo, dirigir após ingestão de bebidas alcoólicas ou drogas. Há pessoas que dirigem e nunca ingeriram ou ingerirão álcool ou qualquer substância psicoativa. Para essas, a lei é desnecessária. Já outras, fazem isso com frequência e necessitam ser coibidas, para que não se tornem um risco à outras pessoas, ao ingerir tais substâncias, o que não consideram como um ato ilícito, e conduzir um veículo.
Entretanto, há atitudes que ninguém pode nos tirar, sendo elas bem vistas ou não pelas tradições e costumes.
Porque sim, somos todos os dias bombardeados por costumes e tradições, que restringem nossa liberdade e que são transformados, dia a dia, devido à modificação e evolução natural da sociedade.
Abaixo, descrevo três dessas tradições vistas como corretas e que ainda são tabus, mas cuja liberdade de escolha reside apenas na nossa vontade pessoal e que ninguém, que não habite nossa pele, pode nos impor, ou definir por nós.
São liberdades que fazem parte de nossa opção de vida e do encontro com nosso verdadeiro eu. Uma vez que tomamos esse poder em nossas mãos e elegemos as melhores opções para nossa felicidade, cabe ao outro, seja quem for, aceitar nossa decisão e conviver pacificamente com ela. Aceitar, não no sentido de concordar, mas sim de respeitar e tolerar com olhos benevolentes e ciente que, somos iguais como seres humanos, mas diferentes na maneira de expressar essa humanidade.
A questão sexual sempre foi um dilema na sociedade, que apontava padrões diferentes da heterossexualidade como aberrações, doença ou mesmo, transgressão religiosa. Com o passar dos anos, a verdade que existem muitos padrões sexuais, teve que ser admitida até pelos mais preconceituosos. Mas, há duras penas, inclusive provocando ódio e aversão.
Atualmente, muitos gêneros sexuais são reconhecidos, não apenas por “modismo”, mas porque existem realmente. Mesmo assim, uma infinidade de pessoas esconde ou sublima sua orientação sexual, pelo medo do julgamento social e, primordialmente, medo do julgamento e da não aceitação de seu próprio núcleo familiar. Poder exercer a sua sexualidade é uma liberdade primordial que todo ser humano deve ter. Não se escolhe a quem se ama ou deseja, simplesmente se deseja e ama. Ter desejo é uma premissa básica do ser humano, e querer direcionar esse desejo para determinados padrões, não é natural, como pensam alguns. O seu corpo é seu templo pessoal e como você o mantém ou utiliza, não interfere na vida do outro.
Assim, respeite suas inclinações e desejos e imponha sua essência, por mais difícil que seja enfrentar as batalhas que isso possa acarretar. Liberdade na orientação sexual exige coragem, amor-próprio e enfrentamento de nossos medos. Mas lutar por si é a mais gloriosa de todas as batalhas.
Atualmente, com todas as mudanças na vida de homens ou mulheres, não é mais possível seguir a ideia de que a pessoa só é feliz se tem um companheiro ou companheira, a fim de formar um casal ou uma família. O conceito de nascer, crescer, casar e morrer, se ampliou. Apesar disso, principalmente no caso das mulheres, a pressão, muitas vezes, não somente social, mas também familiar, para que se casem, é desmedida.
Esquecem que a prioridade das pessoas, deve ser sua realização pessoal e, em determinados casos, o casamento não faz parte dessa prioridade, pois não trará a consumação de outros projetos que lhe são mais caros. As pessoas precisam aceitar que ter um relacionamento não é um paradigma de felicidade. Pelo contrário, vemos aqueles que, na busca incessante do par ideal, lançam-se em relações desde o início falidas, com pessoas totalmente desprovidas de afinidades e sentimentos, e que causam prejuízos emocionais enormes. Nunca se sinta obrigado, por ninguém, a ter ou manter um relacionamento. A beleza da vida está no encontro consigo mesmo e não somente no encontro com o outro. Tampouco, se quiser ter um relacionamento, se prenda a padrões tradicionais, se não for de sua absoluta vontade. Respeite seu modo de ser, sua individualidade e seu querer, e aprenda que podem existir relacionamentos sem o coabitar, apenas convivendo. Imponha sua vontade e procure alguém, caso queira, que aceite e compartilhe de suas ideias. Amar é libertar-se, ampliar horizontes e partilhar ou não, a própria existência!
“Crescei e multiplicai-vos!” Mesmo? Num planeta superlotado, onde milhões padecem fome, sede, guerras e injustiças? Será que é preciso procriar e deixar descendência para ser feliz? Não, obviamente. Mas para ser aceito, talvez sim. O desejo de ter filhos é outro paradigma que foi abalado com as mudanças sociais e ascensão da mulher na esfera profissional. Ademais, a sociedade e a família cobram esse posicionamento, principalmente das mulheres, embora, atualmente, casais de mesmo sexo que assim o desejarem, têm a opção de ter filhos, sendo essa uma conquista maravilhosa da ciência e também do amor sem preconceitos ou barreiras.
Eu já ouvi, de muitas mulheres com vida conjugal, que só tiveram filhos porque a família, ou mesmo o esposo, queriam que elas os tivessem. A ideia da necessidade da procriação é ancestral e teve sua validade quando do povoamento do planeta. Em épocas remotas, nas quais o ser humano mal atingia 30 anos de idade, por questões de sobrevivência dos grupos, era necessário que eles aumentassem. Portanto, essa valorização do ato da procriação.
Atualmente, com toda tecnologia e necessidade de equilíbrio populacional, ter filhos é uma opção. Uma opção extraordinária, mas para quem realmente deseja e sente-se capaz de assumir esse compromisso, que acaba se tornando algo principal na vida de quem assim escolhe. Uma criança necessita de muitas coisas, mas essencialmente, ela necessita ser querida.
A mulher, mesmo engravidando em circunstâncias inesperadas, tem que ter, despertada em si, a vontade de ser mãe. É lindo e nobre ser mãe, mas é uma inclinação que nem toda mulher possui. E não é por isso que podemos supor, que mulheres que optam por não ter filhos, apreciem menos as crianças.
Exato, uma mulher que não quer ter filhos pode adorar crianças e ser formidável com elas e, não obstante, ter como opção pessoal outras prioridades, independentemente de seu estado civil.
Ter filhos é um ato de amor incondicional e este amor tem que ser entendido como uma escolha plena, consciente e repleta de responsabilidades.
Hoje, também há homens que desejam ter relacionamentos, mas não ter filhos. Assim, a decisão mais acertada para um casal, é sempre ser racional e expor ao parceiro sua decisão nesse sentido. E jamais sucumbir ao intento de impor suas vontades ou escondê-las. Um dos caminhos para a autossatisfação consigo mesmo, é ser verdadeiro naquilo que se pretende com e do outro. Se você não deseja ter filhos, seja íntegro o bastante para admitir ser uma bela e necessária árvore como qualquer outra, que pode não produzir frutos, contudo produzindo muitas flores!
Imagem de capa: Vasilyev Alexandr/shutterstock
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