Imagem: Joe Techapanupreeda
Desta vez, os mestres da camuflagem foram o objeto de uma pesquisa realizada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. A pesquisa aponta, o que não nos surpreende, o fato de que 40% das vítimas de violência doméstica são abusadas por parceiros evangélicos. E, para corroborar tais resultados, asseguro-lhes que um número sem fim de relatos me chegam, referindo-se a parceiros “religiosos” e extremamente abusivos.
É também notória a existência de “líderes espirituais” que abusam sexualmente de seus seguidores, sendo que alguns conseguem hipnotizar e manipular de tal forma, a ponto de levá-los ao suicídio em massa. Outros, numa escala maior, conseguem tirar boa parte da receita de famílias inteiras, com a promessa de que suas vidas só prosperarão mediante pagamento.
Religiosos perversos podem facilmente se misturar e aparecer como normais ou saudáveis como qualquer um, mas, na verdade, são mestres manipuladores da opinião pública, bem como de pessoas com quem não convivem na intimidade.
Quando ocupam uma posição de liderança, podem manipular todo o grupo pela indução de que estão “unidos por Deus”, enquanto, privativamente, vitimam um membro específico, manipulando-o com ameaças e culpabilizações, de modo que sua vítima creia que o resto da congregação nunca acreditará se clamar por ajuda.
Utilizam-se de uma boa oratória, de carisma e de conhecimento religioso para manipular, a fim de que seus interesses sejam atendidos, tais como matar, morrer, manter relações sexuais ou abrir mão de bens materiais em troca de “benção”, “reconhecimento divino” ou “purificação”. Dessa forma, perpetram todo tipo de violência contra pessoas inocentes, crentes e de boa-fé, que buscam na religião algum alívio para seus problemas.
Usam de forma deturpada a “palavra de Deus” para justificar falso moralismo, homofobia, racismo, ímpetos violentos, maledicência, preconceito, violência sexual, pedofilia, machismo e abuso pela posição que ocupam.
Conseguem obediência de seus seguidores com grande facilidade, já que perversos sabem, como ninguém, farejar pessoas necessitadas, carentes de atenção, amor ou cuidado. Você diz do que precisa e ele lhe apresenta imediatamente uma promessa de solução mágica. Isso encanta, fazendo com que ganhe confiança e submissão. É assim em todas as suas relações interpessoais.
Nesse contexto, esses anjos de candura, dentro de casa, mostram-se verdadeiros demônios diante de mulheres silenciadas pela vergonha e pela culpa. Mulheres que sabem que não podem contar com qualquer rede de apoio, pois qualquer queixa é imediatamente desqualificada por amigos, familiares e vizinhos, afinal, aquele homem “é um santo” e “ajuda tanta gente”.
Na tentativa de manter sua posição de autoridade diante de todos, bem como de manter poder sobre uma vítima, esse perverso não hesitará em usar fofocas difamatórias ou mentiras para arruinar a reputação de sua vítima aos olhos da igreja, desqualificando, assim, qualquer acusação que venha a fazer. Não raro, reúnem a equipe disciplinar da igreja para suprimir as acusações e gritos de ajuda de sua vítima, rotulando-a como pecadora, rebelde, louca ou desonesta.
Para quem acha que um religioso não seria capaz de fazer mal a alguém, ou para aqueles que se deixam adoçar pelas “boas ações” de gente perversa, é importante entender que as características indicativas de perversão narcísica e psicopatia podem estar presentes em qualquer um e que a aparente “caridade” de um perverso nada mais é do que um modo de ter controle sobre aqueles que se sentem beneficiados por “sua bondade” tornando-se, portanto, seus devedores.
Ser amoroso e preocupado com um indivíduo pelo qual não tem interesse esconde as verdadeiras cores e intenções de um típico perverso. A verdade é que não experimentam qualquer sentimento ou emoção por nenhum membro. Olham com desgosto e desdém para os membros considerados, por ele, inferiores ou fracos, mas os utilizam como massa de manobra, como seus possibilitadores e como prova de sua “caridade”.
Assim, não importa qual a posição ocupada por tal pessoa, é preciso estar atento ao seu comportamento fático, pois este difere das palavras, ainda que se insista em não enxergar. Importante, nesse sentido, não se ignorarem pedidos de socorro de quem com essas pessoas convivem na intimidade, apenas porque o suposto abusador parece alguém bom. É preciso manter as antenas ligadas, porque o mal existe e tem muitas faces.
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