Se você não gostaria que revelassem uma informação que você compartilhou em segredo, por que iria faltar com respeito com aqueles que lhe confiaram suas intimidades?
Às vezes por insegurança, outras para resguardar a autoestima ou para proteger nosso equilíbrio emocional e psicológico, há certos aspectos sobre nossa vida que é melhor manter em segredo e não compartilhar com ninguém.
Todos temos claro que um vínculo social e afetivo dá abertura para compartilhar determinados fatos, alguns pensamentos e experiências passadas que explicamos aos demais porque confiamos, porque a amizade ou o amor se caracterizam, precisamente, por isso mesmo.
Porém, para cuidar de nossa saúde psicológica é necessário entender que a própria identidade requer frequentemente que sejam estabelecidas linhas de proteção.
Assim como quase ninguém diz em voz alta o que pensa, sente ou percebe, sem filtros e nem coberturas – a não ser que sofra de algum transtorno – também não é adequado eliminar barreiras e compartilhar tudo o que é nosso com quem nos rodeia.
Hoje, em nosso espaço, queremos explicar quais aspectos, dimensões e dinâmicas pessoais é melhor manter no jardim do privado. Confira!
Todos temos projetos em mente que, em ocasiões, comentamos com alguém.
A luta silenciosa, persistente, contínua e sempre discreta, obtém os melhores frutos.
Tudo aquilo que pertença a esferas alheias às nossas não é nosso território e, portanto, não se compartilha.
Não deveríamos fazê-lo mas, em ocasiões, quando temos uma amizade com alguém, não hesitamos em falar de nossa vida sexual, ou de detalhes íntimos e privados que experimentamos com nosso parceiro.
Pode ser que a princípio pareça algo normal e até divertido, ou reflexo de uma boa amizade estabelecida com alguém.
Porém, na medida do possível, é preferível não cair nesta deriva de revelar esses aspectos ou detalhes que só cabem ao próprio casal.
Não há problema algum em comentar certos pontos do relacionamento, se somos felizes ou não, que coisas fazem parte da nossa rotina diária.
Porém, como dissemos, há terrenos que têm campos vetados, por um princípio básico e essencial de respeito à outra pessoa que amamos.
Há certos aspectos de nosso universo pessoal que não só não é conveniente expor para revelar a alguém, mas muitas vezes nem podem ser explicados.
Em 2001 reanimei um homem que havia sofrido um afogamento na praia. Cuidei da minha mãe com Alzheimer até que ela faleceu, fiz isso e aquilo outro dia.
Me preocupo todos os dias que meus avós tenham a geladeira cheia e a casa em condições. Colaboro com entidades que ajudam países de terceiro mundo. Já resgatei 10 animais abandonados…
Mais do que manter esses dados em segredo, o mais adequado é “não vestirmos medalhas”, sermos discretos, nos mantermos humildes.
Em nosso dia a dia há milhões de heróis e de boas pessoas cumprindo com estes mesmos atos, que longe de serem heroísmos, são ações normais que todos deveriam realizar.
São fatos que, por sua vez, enriquecem a nós mesmos e que recompensam o próprio coração, não o dos outros.
Portanto, não precisamos exibi-los e, às vezes, tampouco comentá-los. Fizemos e fazemos o que deve ser feito, e essa é a realidade autêntica.
Uma realidade que, às vezes, só nós entendemos em profundidade…
Fonte indicada: Melhor com Saúde
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