As manifestações que estão ocorrendo por todo o globo são de extrema importância para a continuidade da vida em sociedade. Os paradigmas estruturais que envolvem preconceitos e hierarquias devem ser quebrados e somente a ação em pleno funcionamento é capaz de atingir o que é estrutural.
A reflexão é uma ótima maneira de iniciar a ação, pense: Quantos artistas negros você conhece?
Este momento é adequado para mudarmos nossos hábitos: escutar, assistir, admirar e consumir obras feitas por pessoas negras é um ótimo começo. A arte é fundamental em tempos onde há incerteza e medo. Ela traz aprendizado, inspiração e deixa mais simples a compreensão da nossa realidade, principalmente quando a arte é produzida por aqueles que fazem parte da vivência.
Separamos aqui 5 obras incríveis e poderosas feitas por artistas negros. Todas de extrema importância para clarear nossas ideias sobre o valor desse movimento.
“Quarto de Despejo. Diário de uma favelada” é um livro composto por 20 diários escritos ao longo de 5 anos da vida de Carolina Maria de Jesus, uma mãe solteira catadora de lixo numa periferia de São Paulo. A obra é escrita em linguagem simples com traços de oralidade e reflete a vivência da autora na favela do Canindé. Livro publicado em 1960, hoje é um clássico que mostra a invisibilidade social das pessoas que vivem marginalizadas. Já foi traduzido para 13 línguas e somente nos primeiros três dias de seu lançamento foram vendidos mais de 10 mil exemplares da obra.
“Corra!” ou “Get Out”, em seu título original, é um filme de suspense e terror dirigido pelo ator e cineasta norte-americano Jordan Peele. A obra retrata a história de Chris, interpretado por Daniel Kaluuya, um jovem negro que está prestes a conhecer a família de sua namorada Rose. A família o trata de maneira excessivamente amorosa, a princípio, ele acredita que esta seria uma tentativa da família para lidar com o relacionamento de Rose com um rapaz negro, mas, ao longo da narrativa, Chris percebe que eles escondem algo muito mais sombrio e perturbador.
“AmarElo” é o terceiro álbum de estúdio do compositor, rapper e cantor Emicida. Nesta obra o artista busca enfatizar que a vivência negra não se resume em violência e opressão. Nas músicas, Emicida conta com a participação de diversos artistas como MC Tha, Pabllo Vittar, Zeca Pagodinho e Thiago Ventura. O álbum traz a denúncia social – já muito presente no rap – mas adiciona a ela a diversidade de experiências, o afeto e a calmaria que também são encontradas na vivência da negritude brasileira.
“Moonlight: Sob a Luz do Luar” é um longa metragem dirigido pelo cineasta estadunidense Barry Jenkins. A obra foi contemplada por diversas premiações, entre elas o Oscar como “Melhor filme” e “Melhor Roteiro Adaptado”, além do Globo de Ouro no título de “Melhor filme de drama”. O longa é baseado na peça “In Moonlight Black Boys Look Blue”, de Tarell Alvin McCraney.
A história retrata três etapas na vida de Chiron, interpretado por Ashton Sanders , um jovem morador de uma comunidade pobre de Miami. A narrativa explora as dificuldades que ele enfrenta no processo de reconhecimento de sua própria identidade e sexualidade, e o abuso físico e emocional que recebe ao longo destas transformações. O longa é um poético estudo da personagem.
“Existe muita coisa que não te disseram na escola
Cota não é esmola
Experimenta nascer preto na favela, pra você ver
O que rola com preto e pobre não aparece na TV”
Com esses versos, a cantora, compositora e multi-instrumentista Bia Ferreira começa a sua obra. A música “Cota Não é Esmola” foi composta em 2011 e continua sendo uma dose de realidade. O arrepio só aumenta e cada verso: a mensagem é clara, forte e poderosa. Bia considera sua música como Música de Mulher Preta (MMP), por ser um foco indispensável em seu material. Essa artista é uma poetisa e revolucionária. Indico todo o álbum “Igreja Lesbiteriana, Um Chamado”.
Se você é fã de comédias românticas, provavelmente já ouviu falar de "Como Perder um…
É impossível resistir aos seis deliciosos episódios desta série que está disponível na Netflix.
Poucas pessoas conseguem passar pelos 14 minutos arrebatadores deste filme sem derramar uma única lágrima.
Como estudantes, muitas vezes nos deparamos com imagens de texto que talvez precisemos incluir em…
O poema "Ozymandias", escrito por Percy Shelley em 1818, traz à tona reflexões sobre a…
Um filme que pode ser visto por toda a família e que toca o coração…