5 terríveis desculpas para deixar seu sonho de lado

Publicado originalmente em matheusdesouza.com

Todo mundo possui sonhos e aspirações e, por mais que isso doa, a maioria de nós nunca irá realizá-los. Talvez seja devido ao medo do fracasso, zona de conforto ou até mesmo a morte. Sonhos são feitos para serem sonhos. O que, supostamente, os torna intangíveis. É por isso que eles são sonhos. Certo?

Errado.

Aqui vão cinco desculpas terríveis de quem deixa seus sonhos apenas na imaginação.

1 – Você acha que não é bom o suficiente

Sim, todo mundo tem uma voz em sua cabeça gritando “isso não vai dar certo“.Às vezes, você acredita ter criado a melhor coisa que já esteve na terra e, no dia seguinte, está se perguntando como conseguiu criar tamanha besteira.

Nós conhecemos nossos limites e nossa mente também os conhece. Então, da próxima vez que você ouvir aquela voz interior dizendo-lhe que sua criação é terrível, pense nisso como uma forma de seu cérebro dizer “eu posso fazer melhor, eu sei que posso“.

2 – Você diz que “não tem tempo suficiente”

Essa é clássica. Eu, inclusive, a usava muito. “Correria” parece ser a palavra que mais sai da boca dos brasileiros. Se você não tem tempo suficiente para algo que você está apaixonado, então você tem que rever seus conceitos

As pessoas de sucesso fazem seu próprio tempo. Em uma era onde a informação é instantânea, as distrações infinitas e todo mundo anda com um smartphone na mão, fica difícil gerenciar o tempo, né? Não. Foque nas suas prioridades, oras. Um estudo recente mostrou que os brasileiros gastam em média 650 horas por mês navegando nas redes sociais. Tempo suficiente pra tirar um sonho do papel, né?

3 – Seus colegas pensam de outra forma

“Oi, Matheus. Ouvi dizer que você quer se tornar um escritor. Mas é super difícil ganhar dinheiro com isso no Brasil, né? Não é melhor fazer um concurso público e ter estabilidade enquanto isso?

A situação acima ainda não aconteceu, mas todo mundo conhece uma pessoa assim. Essas pessoas acreditam que na vida você tem que ser realista. Nem que pra isso seja infeliz.Arte não paga contas. Escritores, fotógrafos e músicos estão acostumados a ouvirem “mas e além disso, você trabalha?”. Afinal, o que paga as contas é trabalhar duro num emprego de 40 horas semanais que você odeia. Na cabeça dessas pessoas, a linha do tempo ideal é terminar a faculdade, arrumar um emprego, comprar um bom carro, casar, comprar uma boa casa ou um bom apartamento, ter filhos e poupar para a aposentadoria para aí sim fazer o que você gosta.

Isso é triste e para muitos será um tapa na cara. Mas, pense no seguinte: você tem um emprego tradicional de 40 horas e morrerá amanhã. O que acontecerá? As pessoas lamentarão sua perda e na semana seguinte a empresa contratará seu substituto. Sua existência não terá feito sentido. Você será esquecido. No entanto, se você for atrás do seu sonho com certeza será mais bem sucedido do que qualquer outro milenar que trabalhou o dia todo em um trabalho qualquer. Você deixará um legado. A chance de que seu nome seja escrito nos anais da história será grande.

4 – Você diz que ainda não está pronto

É preciso muita coragem para perseguir um sonho. Isso se torna mais evidente quando você sacrifica seu tempo com a família, seu estilo de vida, seus passatempos e principalmente suas finanças. Eu não estou dizendo para você se demitir. Afinal, você deve ter suas contas pra pagar. Eu também tenho. O que estou dizendo é que você deve redescobrir sua paixão, aquela chama eterna que está dentro de todos, para então perseguir seus sonhos. Nós só temos uma vida, cara.

Cada dia que passa você fica mais velho do que já foi e mais novo do que nunca será novamente. Não espere a oportunidade perfeita. Crie-a. Você é quem constrói as pontes do sucesso.

5 – Você mente para si

Ser honesto com você mesmo é uma das coisas mais difíceis de fazer na vida. As pessoas gostam de proclamar auto grandeza. Vou te dar um exemplo. Meu sonho é tornar-me um escritor e, quando eu era adolescente, não lia muitos livros porque achava as histórias sem sentido e não gostava da maneira como outros escritores escreveram. Bem, eu estava mentindo para mim mesmo e tinha me convencido desta mentira. A realidade era que eu acreditava que escrever era meu melhor talento e poderia fazer muito melhor que aqueles caras. Dei um passo para trás e disse a mim mesmo que eu não sou nada. Que, para crescer, devo aprender com os melhores. Larguei livros técnicos e devorei dezenas de romances nos últimos anos. Eu parei de me ver como alguém que pode contribuir para o mundo da literatura e comecei a me ver da minha verdadeira forma: como um aprendiz. Aprendendo por conta própria.

Resumo da ópera: pare com as desculpas e levante essa bunda da cadeira. E sem dar uma olhadinha no Facebook antes.

Imagem de capa: Syda Productions/shutterstock







Escritor e viajante. Autor de "Nômade Digital", livro finalista do Prêmio Jabuti 2020 na categoria Economia Criativa. LinkedIn Top Voice em 2016.