7 filmes que provam que o cinema é muito mais interessante que a vida alheia

As especulações sobre a vida amorosa das celebridades brasileiras nunca estiveram tão em voga. Basta ligar a televisão à tarde para se deparar com inúmeras atrações dedicadas à prática antiquíssima da maledicência. A fofoca também é artigo de luxo em blogs, portais de notícia, perfis nas redes sociais e, sobretudo, nas rodas de conversa. Então, constatada essa tendência que chegou com tudo em 2019, resolvi ajudar os amantes de uma boa intriga romântica a consumirem um entretenimento de melhor qualidade ( e talvez mais sadio ) do que a já tão explorada observação da vida alheia. Faço isso listando bons filmes disponíveis na Netflix que têm grandes chances de saciar até o apetite mais voraz por tramas envolventes sobre paixões fulminantes, intrigas e infidelidade.

Confira:

Segundas intenções (1999)

contioutra.com - 7 filmes que provam que o cinema é muito mais interessante que a vida alheia

Baseado no clássico da literatura “As ligações Perigosas”, de Choderlos de Laclos, o filme dirigido por Roger Kumble foi um sucesso instantâneo entre os adolescentes do final dos anos 90. Protagonizado pelos até então astros teen Sarah Michelle Gellar (Buffy), Ryan Phillippe (Eu sei o que vocês fizeram no verão passado) e Reese Whitherspoon (Legalmente loira), o longa acompanha os jogos de sedução engendrados pelos cruéis e manipuladores irmãos de criação Kathryn Merteuil (Gellar) e Sebastian Valmont ( Phillippe), tendo como alvo a bela e inocente Annette (Whitterspoon). Uma trama sombria e envolvente, na medida certa para agradar àqueles que buscam por emoções fortes, intriga, romance juvenil e uma pitada de malícia.

Madame Bovary (2015)

contioutra.com - 7 filmes que provam que o cinema é muito mais interessante que a vida alheia

É quase impossível falar em tramas sobre infidelidade sem citar o clássico dos clássicos da literatura romântica do século XIX, Madame Bovary, de Gustave Flaubert. A obra já rendeu inúmeras adaptações cinematográficas, e a mais recente delas é o filme de 2014, dirigido por Sophie Barthes e estrelado por Mia Wasikowska (Alice através do espelho). Na trama, a jovem, bela e voluntariosa Emma Bovary é esposa de um médico simplório em uma cidadezinha pacata na França do século XIX, quando, infeliz e entediada com a vida de casada, inicia um uma relação extraconjugal em busca de liberdade e felicidade. Uma boa pedida para quem aprecia filmes artísticos, e também para quem gosta de emendar o filme com uma boa conversa sobre filosofia e psicanálise.

Perdas e Danos (1993)

contioutra.com - 7 filmes que provam que o cinema é muito mais interessante que a vida alheia

Os consagrados atores Jeremy Irons e Juliette Binoche estrelam o longa mais controverso desta lista. O mote inicial da trama, de fazer inveja à mais saborosa fofoca sobre celebridades que você talvez esteja acompanhando, é a paixão avassaladora e proibida que Stephen Flemming, um político conservador do alto parlamento inglês, desenvolve por Anna, noiva de seu filho. No premiado filme do diretor Louis Malle, os dois atores protagonizam cenas cenas de intimidade que se tornaram célebres e já entraram para a história do cinema.
O filme ideal para o público de tramas bem elaboradas, diálogos bem construídos e cenas memoráveis.

Garota Exemplar (2014)

contioutra.com - 7 filmes que provam que o cinema é muito mais interessante que a vida alheia

Um marido infiel, uma esposa insatisfeita e um plano diabólico. Não existe a menor possibilidade de você desgrudar os olhos da tela ao assistir esse suspense eletrizante dirigido por David Fincher, escrito por Gillian Flynn (autora do livro que deu origem ao filme) e estrelado por Ben Affleck e Rosamund Pike.
Ao assistir Garota Exemplar, você vai descobrir que é possível se divertir acompanhando a intimidade e os segredos mais escabrosos de um casal, sem que a prática seja moralmente condenável.

Atração Fatal (1987)

contioutra.com - 7 filmes que provam que o cinema é muito mais interessante que a vida alheia

Certamente você já deve ter ao menos ouvido falar sobre este thriller de suspense que figura entre os títulos obrigatórios listados pelos cinéfilos de plantão. Se ainda não viu, vale acompanhar a história de Dan Gallagher (Michael Douglas), um advogado que inicia um affair extraconjugal com a executiva Alex Forrest, interpretada brilhantemente por Glenn Close; e passa a viver um pesadelo ao perceber que ela tem um comportamento obsessivo e perigoso.
Aquele tipo de filme que consegue prender a sua atenção com um suspense de tirar o fôlego e ainda abastecer as discussões acerca dos perfis psicológicos dos personagens.

Amar (2016)

contioutra.com - 7 filmes que provam que o cinema é muito mais interessante que a vida alheia

Esse é um romance europeu de fazer suspirar até o espectador mais insensível. O filme roteirizado e dirigido pelo espanhol Esteban Crespo conta a história dos adolescentes Laura (María Pedraza) e Carlos (Pol Monen), que vivem um romance intenso, beirando o doentio. O jovem casal tem como desafio lidar com ciúmes e inseguranças. Ou seja, uma trama recheada de ingredientes que fazem a festa daqueles que se deliciam acompanhando conflitos entre casais e paixões tórridas. E, a quem interessar possa, a protagonista feminina do filme é interpretada por uma das estrelas do recente sucesso da Netflix “La Casa de Papel”.

A Época da Inocência (1993)

contioutra.com - 7 filmes que provam que o cinema é muito mais interessante que a vida alheia

Um filme de Martin Scorsese protagonizado por Daniel Day-Lewis, Michelle Pfeiffer e Winona Ryder. Se só estas informações não bastam para te fazer acreditar que este filme é incrível, experimente ler a sinopse oficial: Triângulo amoroso entre membros da alta sociedade na Nova York de 1870. Um homem nobre se casa com uma moça bem educada e bonita, porém sem charme, e acaba se apaixonando por uma mulher independente com um passado escandaloso.
Não é mais preciso argumentar, não é mesmo? Então prepare a pipoca e vá assistir esse filmaço com cara e jeito de cinema de arte e enredo de novela das oito.

E esta foi a minha contribuição para que você, caro leitor, possa substituir a maledicência por uma prática igualmente deliciosa, porém mais sadia e enriquecedora.







Felipe Souza é escritor, jornalista, editor de conteúdo para a internet e agora também podcaster. E, além disso, um leitor voraz e um curioso sobre os mais diversos assuntos.