Por Lorenna Mesquita
Imagem de capa: Fabio Brandi Torres
Estou muito cansada! Há mais de um ano sou uma mulher múltipla: atriz, produtora, assessora de imprensa, webdesigner… Na verdade estou esgotada. E ao mesmo tempo muito feliz com os passos que tenho dado na minha caminhada. Explico.
Em 2013, como parte da pesquisa que faço sobre a vida e obra da poeta Florbela Espanca, estive em Portugal para conhecer sua terra, visitei as casas onde viveu, lugares que frequentou e homenagens prestadas a ela. A essa altura eu já queria fazer um espetáculo que mostrasse quem foi essa mulher e precisa ter um contato mais próximo com o universo dela. Não tive dúvidas, arrumei a mala e fui sozinha, numa viagem que também serviu para eu me encontrar.
De volta ao Brasil, compartilhei meu texto com o dramaturgo Luis Eduardo de Sousa, que sobretudo é um grande amigo! Foram noites de conversas poéticas florbelianas. Foi o Luis que, meses depois, me apresentou ao Fabio Brandi Torres, dramaturgo e diretor, numa leitura de um texto dele. E esse moço, o Fabio, tão doce, me chamou a atenção e o convidei pra dirigir Florbela. Por ser um espetáculo muito intenso, vi que a doçura do diretor seria o casamento perfeito para equilibrar a energia desse trabalho. Enviei o texto e ele aceitou.
Fizemos nossa primeira experimentação pública de cena, no festival de teatro Satyrianas, que daria origem a uma nova dramaturgia e ao espetáculo que temos hoje. E foi lá, que encontrei o Vagner Click, fotógrafo de almas. Ele conseguiu naquela noite captar as mais belas imagens do espetáculo que usamos até hoje nas divulgações e no livro.
Depois procuramos a Casa de Portugal de São Paulo e lá encontrei dois anjos: o Armando e a Maria, esta inclusive tem anjo até no nome. E o Armando, armou (no bom sentido) formas de conseguir nos ajudar com o projeto. Apresentou o Pedro, que jura vender parafusos, mas na verdade está aqui para ajudar a quem precisa e é um grande incentivador da cultura luso-brasileira. Foi ele quem nos enviou, eu o Fabio, a Portugal para estrearmos nosso espetáculo este ano.
Em terras portuguesas percorremos 16 cidades em 40 dias de temporada. Uma delas, Vila Viçosa, terra natal da Florbela Espanca. Eu só pensava: apresentar uma poeta portuguesa aos portugueses é realmente uma ousadia! E como resultado escutei deles: “Obrigado, precisou vir uma brasileirinha aqui para nos mostrar quem foi Florbela Espanca”. Foi uma viagem que me deixou muito emocionada com tamanha receptividade.
Não é apenas uma peça de teatro, é um projeto de vida. Quero contribuir para que essa grande poeta alce o posto que merece. Ainda em cartaz no Brasil e prestes a entrar em circulação nacional com esse espetáculo, eu e Fabio recebemos o convite de Vila Viçosa para participar das comemorações dos 120 anos de Florbela Espanca, na semana do seu aniversário, 8 de dezembro. Estaremos entre os pesquisadores e artistas que se dedicam a sua obra.
Sim, é possível conquistar os nossos sonhos! Mas não basta apenas sonhar. É preciso caminhar, caminhar sempre.
“Um dia, o destino, trôpego velho de cabelos cor da neve, deu-me uns sapatos e disse-me:
– Aqui tens estes sapatos de ferro, calça-os e caminha… Caminha sempre, sem descanso nem fadiga, vai sempre avante e não te detenhas, não pares nunca! A estrada da vida tem trechos de céu e paisagens infernais; não te assuste a escuridão, nem te deslumbres com a claridade; nem um minuto sequer te detenhas à beira da estrada; deixa florir os malmequeres, deixa cantar os rouxinóis. Quer seja lisa, quer seja alcantilada a imensa estrada, caminha, caminha sempre! Não pares nunca!…” Florbela Espanca
E a lição que eu tiro da minha caminhada são os 7 passos para conquistar os nossos sonhos. Não sou psicóloga, não sou especialista em comportamento humano, apenas quero compartilhar a minha experiência com outros sonhadores como eu.
Eu sempre digo, se alguém chegou aonde eu quero, então é possível chegar lá!
Tem ao teu lado pessoas com interesses afins. Um ajuda o outro.
Se fizeres a mesma coisa que todo mundo ou ficar com medo de dar errado por fazeres diferente, não vais sair do lugar.
Não depende de ninguém. Faz todas as tarefas que forem necessárias para atingir teu objetivo.
Mesmo quando tudo parece impossível, segue em frente.
Vai ter um momento que não vais aguentar a pressão, as decepções, as quedas. Sim, elas vão existir. Então chora, chorar faz bem. Melhor ainda se for num ombro amigo. Alivia. Sei o que é isso.
Deus, Universo, Natureza, o que for. Pede ajuda a essas energias. Almas raras como o Armando, a Maria, o Fabio, o Luis, o Vagner, o Pedro, vão aparecer no teu caminho. Garanto.
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