Há cerca de dois meses a Netflix disponibilizou em seu catálogo o longa “Por Lugares Incríveis, um drama baseado no romance homônimo de Jennifer Niven. O filme foi dirigido por Brett Haley e tem como protagonistas Elle Fanning e Justice Smith.
O “drama romântico” é o eixo condutor que alicerça uma temática extremamente necessária: o estado emocional e a saúde mental de jovens expostos a realidades bastante perturbadoras. Afinal, em uma fase repleta de mudanças pessoais, o quanto mais é possível aguentar sem perder o rumo da própria vida?
Violet Markey, interpretada por Elle Fanning, é uma jovem em luto pela perda recente da irmã. Sem sentido para continuar, ela sofre com pensamentos sobre a real importância de continuar vivendo.
Já Theodore Fitch, interpretado por Justice Smith, é um conhecido da escola que, no momento em que Violet mais precisou, esteve presente.
Theodore, a partir de um encontro decisivo, desafia Violet a redescobrir bons momentos da vida através de visitas a “lugares incríveis”, ideia que deu nome ao filme.
Mas, você ainda pode estar pensando, por que eu veria um filme que, em sua proposta inicial, é adolescente?
Para isso, e baseados no texto do site Jetts, listamos abaixo uma lista com 10 razões para ver “Por Lugares Incríveis”:
1- A vida não é fácil para ninguém e muitos dilemas podem afetar nossa jornada. Nesse filme em específico o enredo contempla de forma poética, mas também crua e realística temas como a depressão, a solidão (mesmo que acompanhada), a perda e o luto e o processo de recuperação;
2- Embora os protagonistas e a trama sejam adolescentes, a sensibilidade da abordagem é capaz de agradar pessoas de todas as idades. Dá para sentir na pele o que eles sentem, independente de quantas primaveras já tenhamos acumulado em nossa jornada;
3- Para além das temáticas inseridas no tópico 1, o bullying é um assunto também trabalhado no filme. Vemos, em diversas cenas, como as sequelas do bullying acontecem ao longo do tempo e também no quanto ele afeta a autoimagem e a formação da personalidade posterior de quem o sofre.
4- A interpretação do ator Justice Smith é louvável. Nós passamos o tempo todo tentando entendê-lo, pensando em como ele sente e procurando nos colocar em sua pele. Nós sofremos suas aflições como se fossem nossas. Ah, e claro, Elle Fanning também foi muito bem no filme sendo que a química entre os dois é algo que mantém a nossa atenção o tempo todo;
5- O filme faz com que entendamos como, muitas vezes, a alegria reside mais em detalhes inesperados e em como o nosso olhar capta esses os momentos em que o simples e belo nos sorri;
6- O filme ainda nos mostra, mais do que um relacionamento afetivo, a força da empatia e da amizade que os protagonistas tiveram um pelo outro. A dor os ligou e permitiu que ambos vissem verdadeiramente um ao outro;
7- O filme também mostra que, por mais que tentemos, nem sempre é possível salvar alguém. Ele nos coloca em choque com a realidade de nossas limitações pessoais;
8- E, mais ainda, o filme nos ensina que doenças psiquiátricas podem ser muito sérias e merecem atenção especializada. Vemos, ainda, como quem tem uma rede de apoio familiar e amigos próximos tem mais chance de se recuperar.
O filme, em resumo, nos toca a alma de forma bruta, mas também doce e poética. E, talvez, seja esse o seu mérito maior: permitir que entendamos as histórias paralelas de seus personagens sem julgá-los ou condená-los por suas limitações e ações.
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Imagens reprodução/divulgação