Bem diverso da história mitológica de Narciso, narcisistas patológicos não são pessoas que se amam demais. São, ao invés disso, pessoas com baixíssima autoestima, uma autoimagem deturpada e uma mau caráter brutal, mais comum na sociedade moderna do que se imagina. Há quem diga que esse transtorno é epidêmico, tamanha sua incidência na população mundial.
E quem são? Segundo o DSM-V, há nove critérios que indicam a presença de transtorno da personalidade narcisista num indivíduo. Bastariam a presença de 5 para um eventual diagnóstico, feito, obviamente, por profissional qualificado.
Sem banalizar eventuais diagnósticos, saber quais são e o que cada um significa pode livrar você de muita perda material e imaterial. Vale saber!
Uma visão inflada de si mesmo é uma das principais maneiras pelas quais narcisistas dão permissão a si mesmos para dominar e controlar os outros. Narcisistas acreditam que suas prioridades, interesses, opiniões e convicções têm mais valor e são mais importantes do que os de qualquer outra pessoa. Nem todos os narcisistas exibem ao mundo sua grandiosidade; alguns, na verdade, dão a impressão de ser muito humildes ou até mesmo tímidos para o mundo exterior, mas, quando estão em intimidade, essa característica vai dominar a convivência.
Narcisistas com frequência têm uma vida repleta de fantasias e quase nunca se satisfazem com o meramente ordinário, por mais satisfatório ou maravilhoso que possa ser. Essa preocupação com a fantasia impede a personalidade narcisística de levar uma vida real e estável. Alimentam desejos de riqueza, fama, poder ou status obsessivamente.
Esta ideia é parte integrante de um mecanismo de sobrevivência que os ajuda a lidar com o mundo. Com frequência, eles se definem em função do que consideram suas qualidades especiais e nos informam acerca dessas qualidades tão logo os conhecemos.
Ame-me, observa-me, preste atenção em mim. Narcisistas tendem a se engrandecer e ser sua própria referência.
Regras, regulamento e padrões esperados de comportamento enfurecem os narcisistas, que se julgam tão especiais a ponto de não precisar obedecer às expectativas normais nem respeitar os limites apropriados. Eles podem ficar igualmente atormentados pelo trabalho árduo, por uma doença ou uma lesão. Por outro lado, as regras que são impostas por eles aos outros devem ser sempre respeitadas.
Dependendo das outras características de sua personalidade, o narcisista pode nos induzir a fazer todo seu trabalho por ele ou, por exemplos, tirar nosso dinheiro, permitir que paguemos suas contas, receber presentes sem nunca dar, cobrar mais por serviços e pagar menos, deixar-nos esperando durante horas em uma esquina, na chuva, sem considerar que esse comportamento é desrespeitoso. Seu sentimento de merecimento transforma esses comportamentos em coisas normais, impedindo que sintam culpa ou remorso.
O narcisista tem muito pouca capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa. Sua dor, seus problemas e seu ponto de vista dominam o universo. Talvez nada reflita mais o comportamento do narcisista do que a incapacidade de compreender e identificar-se com a experiência dos outros. Este fato é particularmente verdadeiro quando a pessoa que precisa de compreensão é alguém que o narcisista esteja explorando, ou seja, seu alvo atual (amoroso, de trabalho, familiar ou amigo).
O narcisista tem dificuldade em se ajustar a um mundo no qual as outras pessoas parecem ter “mais” coisas ou coisas “melhores”. Os narcisistas, com frequência, deixam de reconhecer que são invejosos e transformam o sentimento em desprezo.
Narcisistas com frequência têm uma atitude esnobe com relação às pessoas que eles julgam não estar à altura de seu “elevado” padrão de inteligência, competência, realização, valores, moral ou estilo de vida. Acreditar que o outro é inferior os ajuda a reforçar e inflar a convicção que têm da própria superioridade. Criticar e diminuir os outros os faz se sentir bem com relação a si mesmos. Não raro, são homofóbicos, racistas, preconceituosos de todo tipo, simplesmente porque se acham superiores a um certo grupo.
Lucy Rocha, com observações da Sociedade Americana de Psiquiatria
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