Por Erika Yamamoto, do Jornal da Usp
Os usuários do campus da USP em São Paulo contam agora com um sistema de bicicletas compartilhadas. Foram inauguradas na manhã de hoje, dia 5 de março, as 18 estações do Bike Sampa, projeto que opera desde 2018 na capital paulista. A expectativa é que o serviço atenda aproximadamente cinco mil pessoas por dia.
Também já estão em operação os pontos localizados nas estações do Metrô e da CPTM próximas à Cidade Universitária, integrando o campus a outras opções de transporte público.
“Nosso objetivo com a implantação desse serviço é melhorar tanto a mobilidade interna quanto a do entorno do campus, além de atender à crescente demanda da comunidade, especialmente nesse momento em que recebemos os novos alunos”, afirmou o prefeito do Campus USP da Capital, Hermes Fajersztajn.
O dirigente também ressaltou que “a USP incentiva cada vez mais o uso das bicicletas como transporte alternativo e, para a Prefeitura do campus, a prioridade é sempre do pedestre, depois das bicicletas e, em seguida, do transporte público”.
Na cidade de São Paulo, o Bike Sampa disponibiliza 2.600 bicicletas e possui 260 estações localizadas perto de terminais de transporte público e áreas com grande movimento. O sistema é operado pela Tembici e patrocinado pelo Itaú Unibanco.
Projeto nasceu na USP
Presente em cinco capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Recife), além de Santiago, no Chile, e Buenos Aires, na Argentina, a Tembici é uma empresa que nasceu dentro da USP.
Um de seus fundadores, o engenheiro mecatrônico Mauricio Villar, idealizou um sistema de compartilhamento de bicicletas em seu trabalho de conclusão de curso (TCC), defendido em 2009, na Escola Politécnica (Poli).
Após a conclusão do curso, o projeto foi apresentado à Prefeitura do campus, que apoiou institucional e financeiramente seu desenvolvimento e implantação na Cidade Universitária. Assim, o PedalUSP foi inaugurado em 2011 e contava apenas com duas estações – uma na estação Butantã do Metrô e outra na Portaria 1 – e 16 bicicletas que realizavam mais de 250 viagens por dia.
“O PedalUSP abriu as primeiras portas e iniciou um caminho que nos trouxe até aqui. Hoje, temos 16 mil bicicletas na América Latina e estamos transformando as cidades. Espero que a USP continue a estimular projetos assim, porque é daqui que sai a inovação do Brasil, é daqui que saem as novas coisas que mudam a vida das pessoas”, ressaltou Villar.
Villar também agradeceu o apoio de todos os professores da Poli, em especial, de Marcos Barretto, que foi seu orientador no TCC, e Antonio Marcos de Aguirra Massola, que, à época, ocupava o cargo de prefeito do campus.
Imagem de capa: Marcos Santos/USP Imagens