No panteão das boas notícias de hoje, uma tem destaque: a primeira vacina contra o
coronavírus testada em humanos obteve resultados positivos! Desenvolvida pela empresa de biotecnologia e farmacêutica americana Moderna, a vacina mostrou-se segura e capaz de estimular uma resposta imunológica contra o vírus. As informações são do Jornal O Globo.
Os testes estavam sendo realizados desde março em oito voluntários, que receberam,
cada um, duas doses da vacina. Os resultados apontam que todas essas pessoas produziram anticorpos que foram testados em células humanas no laboratório e que impediram a replicação do vírus — o principal requisito para uma vacina eficaz. Os níveis dos chamados anticorpos neutralizantes correspondiam aos encontrados em pacientes que se recuperaram após contrair o vírus em suas cidades.
Junto com o anúncio dos resultados, feito nesta segunda-feira (18), a Moderna
informou que está seguindo um cronograma acelerado, com a segunda fase dos testes da
vacina, que envolverá 600 pessoas, marcada para ter início em breve. Uma terceira fase, em julho, já contará com a participação de milhares de pessoas saudáveis.
A segunda fase dos testes já foi autorizada pela Food and Drug Administration (FDA),
o equivalente à Anvisa no Brasil. Caso esses testes também obtenham resultados positivos,
uma vacina poderá ficar disponível para uso generalizado até o fim deste ano ou no início de 2021, disse o Dr. Tal Zaks, diretor médico da Moderna.
Ainda não se sabe quantas doses podem ficar prontas em um primeiro momento, mas
Zaks afirmou que “estamos fazendo o possível para chegar logo ao maior número possível
de doses”.
Até o momento, não há tratamento ou vacina comprovada contra o coronavírus.
Dezenas de empresas nos Estados Unidos, Europa e China correm contra o tempo para
produzir vacinas, a partir dos mais variados métodos. Alguns usam a mesma tecnologia
adotada pela Moderna, que envolve um segmento de material genético do vírus, chamado
RNA mensageiro, ou mRNA.
Outra importante e animadora informação passada pela empresa farmacêutica em
seu anúncio foi que testes adicionais em camundongos que foram vacinados e infectados
revelaram que a vacina poderia impedir a replicação do vírus em seus pulmões. E, igualmente importante, os animais, segundo a empresa, tinham níveis de anticorpos neutralizantes comparáveis aos das pessoas que receberam a vacina.
Três doses da vacina foram testadas: baixa, média e alta. Os resultados informados
nesta segunda-feira são relativos às doses baixa e média. A única reação adversa foram
vermelhidão e uma sensação de dor muscular nos braços de um único voluntário. A dose alta está sendo eliminada de estudos futuros porque as mais baixas parecem funcionar tão bem que ela não é necessária.
“Quanto menor a dose, mais vacina poderemos fazer”, disse Zaks.
Com informações de O Globo