Uma mulher chamada Catherine Reeve fez um relato tocante sobre a sua decisão de dar uma irmã para sua filha Rose, de apenas 3 anos, mesmo sabendo que pode não estar aqui por muito tempo para vê-las crescer. Ela foi diagnosticada com um tumor cerebral agressivo e os médicos lhe disseram que a probabilidade era de que ela só tivesse mais cinco anos de vida, no máximo.
Catherine, de 39 anos, conta que descobriu a doença no ano de 2016, depois de ter dores de cabeça com frequência e ter alguns esquecimentos. “Esqueci completamente do meu aniversário de casamento com Steve. Só me lembrei quando ele me deu um cartão”, conta. Ela contou ainda que, certa vez, a mãe dela foi visitá-la e percebeu que algo estava errado. “Ela me levou ao hospital, porque eu estava lá, mas não estava. Era como uma concha vazia”, relata.
Após ser submetida a vários exames, veio o diagnóstico, ela tinha um câncer incurável, chamado glioblastoma. “Os médicos nos disseram que eu tinha de três a cinco anos de vida”, diz Catherine. Nada pode prepará-lo para receber um diagnóstico terminal – não parecia real”, lembra.
Com o intuito de prolongar seu tempo e sua qualidade de vida, Catherine passou por cirurgias, quimioterapia e radioterapia. Em dado momento, ela perdeu os movimentos de um lado do corpo e precisou recorrer à fisioterapia para reaprender a andar, falar e comer.
Segunda gestação
Antes do diagnóstico, Catherine e seu companheiro Steve já vinham tentando ter um segundo filho. No entanto, após a descoberta da doença o sonho ficou adormecido. Mas não por muito tempo. “Não tínhamos certeza de que eu poderia engravidar depois da quimioterapia, então, nos sentimos ainda mais abençoados por ter Skye”, conta.
Catherine soube que estava grávida em fevereiro do ano passado. Ela deu a notícia à Rose, sua filha mais velha, que ficou muito feliz. Com 20 semanas, os pais descobriram que vinha ao mundo mais uma menina, o que deixou a irmã mais velha ainda mais radiante. A bebê nasceu bem, por meio de cesárea, e teve que ficar 48 horas em observação, para que os médicos tivessem certeza de que ela não tinha sido afetada pelos medicamentos usados pela mãe. “E estava tudo bem”, diz Catherine.
Rose tem adoração pela irmã mais nova e costuma ajudar a mãe em todas as tarefas – menos na troca de fraldas. “Esse é o limite dela”, brinca a mãe.
“Sinto um pouco de culpa porque eu trouxe outra criança ao mundo, sabendo que não viverei para vê-la crescer e vou deixá-la sem mãe”, diz ela. “Não sei por quanto tempo estarei por aqui e tenho alguns momentos sombrios pensando nisso. Mas tento não insistir porque, se fico consumida pelo medo do futuro, não consigo aproveitar o tempo precioso que temos agora. Sempre tentei viver o agora e tive que melhorar muito nisso desde o meu diagnóstico. Skye é muito amada e sei que continuará sendo quando não estiver mais aqui”, diz Catherine.
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Redação Conti Outra, com informações de Crescer.
Fotos: Reprodução/ The Sun.