Dancinhas brasileiras geram polêmica internacional: “Desrespeitoso”

Nem sempre um comportamento que acontece em um país diferente é bem compreendido por pessoas que não pertencem a mesma cultura. Um ato inocente realizado em determinada região, por exemplo, pode se tornar um gesto obsceno, ou mesmo agressivo, em outra, só para mencionar um exemplo.

E é isso que vem acontecendo na Copa do Mundo de 2022. Dessa vez o que despertou olhares críticos e polêmicas foram as dancinhas que os jogadores da Seleção Brasileira fizeram para comemorar os gols durante jogos.  A situação ficou mais evidente no jogo contra a Coreia do Sul, quando o Brasil ganhou de 4 a 1. Afinal, foram muitos gols e várias dancinhas.

Um dos maiores críticos que se posicionou publicamente foi Roy Keane. Roy é ex-jogador do Manchester United e comentarista da ITV, do Reino Unido. Em publicação em sua rede social ele considerou o gesto desrespeitoso com o time adversário.

“— Não gosto disso. Acho que é um desrespeito — afirmou. — Foram quatro (gols) e eles fizeram todas as vezes. Eu não me importaria com a primeira dancinha, seja lá o que for aquilo, mas eles ainda estão envolvendo o técnico depois da comemoração inicial. Não estou feliz com isso, não acho nada bom.”

As declarações rapidamente viralizaram e geraram indignação na torcida brasileira que, além de não aceitar a crítica, responderam ao comentário “refrescando a memória” do ex-jogador ao lembrá-lo de outras situações em que ele não foi respeitoso com os colegas e as regras do jogo.

“Dançar é desrespeitoso com os adversários? Vamos mostrar como Roy Keane foi respeitoso, com 13 cartões vermelhos em sua carreira (o mais faltoso na história do futebol inglês)”, escreveu uma internauta, que publicou ainda imagens de Keane cometendo faltas.

E mesmo os brasileiros que não sabiam muito sobre a trajetória de Keane quiseram se manifestar contra o ex-jogador.

Seja como for, tanto as dancinhas quanto as reclamações sobre “desrespeito” merecem uma reflexão crítica e um melhor esclarecimento público para que a conotação ofensiva não seja propagada sem necessidade.

Que fique claro para o público de outros países que estamos apenas comemorando. Afinal, temos motivos para comemorar!

 

Com informações de GZH

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Imagem de capa: Lucas Figueiredo / CBF/Divulgação







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