Na tarde desta sexta-feira (9), uma tragédia aérea abalou a cidade de Vinhedo, localizada a cerca de 80 quilômetros da capital paulista. Um avião da Voepass, antigo Passaredo, caiu enquanto viajava para o Aeroporto de Guarulhos (SP), vitimando todas as 62 pessoas a bordo. O voo partiu de Cascavel (PR) e tinha como destino o principal aeroporto do estado de São Paulo.
Em meio à dor e ao luto que se espalham pelas famílias e amigos das vítimas, surgem histórias de pessoas que, por um capricho do destino, não embarcaram na aeronave. Três homens que perderam o voo contaram ao portal “CGN” como escaparam da tragédia devido a uma confusão no aeroporto.
Israel Souza Silva, um dos três, havia sido demitido no mesmo dia e estava no caminho de Guarulhos. Ele chegou ao local de embarque com atraso, o que o impediu de entrar na aeronave. “(Tenho que) agradecer a Deus pelo livramento. Só agradeço mesmo”, desabafou Silva.
😳 Esse homem não embargou no avião que caiu em Vinhedo pq chegou atrasado e passou do limite de embarque.
Meu Deus…. pic.twitter.com/FCEVDbN4Z0
— Narradores Brasileiros (@NarradoresB) August 9, 2024
Outro passageiro, identificado como Adriano Assis, contou que chegou ao aeroporto às 9h40, mas não recebeu nenhuma informação de que o voo, originalmente vendido pela Latam, seria operado pela Voepass. Ele aguardou, mas, ao realizar a movimentação, foi informado tarde demais sobre o embarque. “Eu fiquei esperando, quando deu 10h30 eu desci, tinha uma fila enorme”, relatou o passageiro.
Meu Deus, o depoimento desse passageiro que perdeu a conexão com o avião que caiu em Vinhedo. Ele chegou a brigar com um funcionário por não ter conseguido embarcar 😳 #JH pic.twitter.com/77rr0Jud4m
— Fabio 🇧🇷 (@fabionobrega) August 9, 2024
O terceiro homem também estava em Cascavel a trabalho e, apesar de ter chegado cedo, acreditava que a aeronave seria operada pela América Latina. Apenas às 11 horas foi informado que o voo estava previsto para partir, mas já era tarde. “Nasci de novo”, refletiu o homem, após insistir em embarcar sem sucesso.
A tragédia, que afetou algumas famílias, trouxe à tona críticas sobre a comunicação entre as companhias aéreas e seus passageiros. Tatiane Bartinik, filha de um casal que estava a bordo, expressou sua dor e frustração em entrevista ao portal “GGR”. “Não deram notícia não pra gente. A gente sabe que é o único voo da América Latina que saiu de Cascavel para São Paulo […]. Meu pai e minha mãe estavam no voo. Estavam indo pro Rio de Janeiro”, desabafou.
Procurada para comentar a situação, a Latam esclareceu que sua responsabilidade se limitava à comercialização das passagens, enquanto a operação do voo era dedicada exclusivamente pela Voepass.
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Foto destacada: Crédito: Reprodução/TV Globo