O cantor Agnaldo Rayol, que faleceu aos 86 anos no dia 4 de novembro, estava consciente depois de sofrer a queda, como revelou Vanessa Gonçalves, afilhada dele, em uma entrevista concedida ao “Domingo Espetacular” (TV Record). Ela relatou ainda que o artista reclamou de dor enquanto sangrava no banheiro do apartamento.
“Conforme a cuidadora apertava [a cabeça dele com ferimentos], ele dizia: ‘Ai dói, não aperta'”, contou a sobrinha de Rayol.
Venessa diz ter feito diversas tentativas de acionar o Samu e ambulâncias particulares. “Fiz várias chamadas pelo Samu e em paralelo a isso comecei a procurar por ambulâncias particulares. Mas ninguém atendia (…) Não sei se foi [determinante a demora], mas pra mim foi uma eternidade.”.
De acordo com ela, os profissionais do Samu deram a atenção ao caso após chegarem ao local. “Os socorristas que chegaram na ambulância foram muito atenciosos. Imediatamente fizeram todos os primeiros socorros.”
Agnaldo Rayol vivia em Santana, na zona norte de São Paulo, com uma cuidadora e uma pessoa da família. Ele sofreu a queda enquanto ia ao banheiro durante a madrugada.
Demora no socorro
No sábado (9), a família fez uma publicação no Instagram denunciando a demora no socorro do artista. “Após apuração das imagens, constatamos que o tempo total — desde a primeira ligação ao Samu até a saída da ambulância em direção ao hospital — foi de 1h22 minutos”, diz texto.
De acordo com familiares, foram necessárias três toalhas de banho para conter o sangramento. “Foi oferecido auxílio telefônico pelo Samu, pois o cantor apresentava sangramento intenso”, acrescenta comunicado.
Agnaldo chegou consciente ao hospital, mas não resistiu a um traumatismo craniano. “A primeira ligação para o Samu foi feita em 04/11 às 3h30. A ambulância chegou à entrada do edifício às 4h19, ou seja, 49 minutos após a primeira das quatro ligações realizadas. Os profissionais entraram no prédio às 4h22 e, após prestar atendimento, saíram com o cantor na maca às 4h38”.
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Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo apura o caso.
Por meio de uma nota nota, a Prefeitura afirmou que “lamenta profundamente” o falecimento do cantor e que a Secretária Municipal de Saúde “realiza uma apuração do atendimento prestado pelo Samu”.
O tempo de chegada da equipe no hospital foi de 18 minutos, dentro do que é preconizado para garantir um suporte seguro e adequado ao paciente.
Nota da Secretaria Municipal de Saúde