Por Josie Conti
“A simplicidade é o último grau de sofisticação.”
Leonardo da Vinci
Não é incomum que se confunda um conteúdo que visa simplicidade com um conteúdo simplista. Quanto mais simples a linguagem, maior o poder de comunicação. É possível transmitir conteúdos complexos de maneira simples assim como é possível tornar complicado algo simples.
Veja o exemplo de um dos poetas brasileiros reconhecido pela simplicidade de sua escrita:
“Sou livre para o silêncio das formas e das cores.”
Manoel de Barros
Quantas profundas e até mesmo complexas explanações e interpretações são possíveis a partir de um único verso dotado da mais pura simplicidade na escrita? O que Manoel de Barros fez incorporando em seus textos um vocabulário coloquial-rural e uma sintaxe que remete diretamente à oralidade, isso sem falar nos neologismos, é o que que Leonardo da Vinci certamente chamaria de “último grau de sofisticação” através da simplicidade.
Abaixo uma definição bastante esclarecedora:
SIMPLES não é o oposto de complexo, mas o OPOSTO DE COMPLICADO.
A simplicidade é a ausência de extravagâncias, de exageros que são como armadilhas que te impedem de atingir os seus objetivos.
Nunca confunda uma pessoa simples com uma pessoa simplista.
O SIMPLISTA deixa de lado aspectos fundamentais dos objetivos.
Já quem enfatiza o SIMPLES tem a capacidade de filtrar aquilo que realmente importa daquilo que não acrescenta valor. A energia é concentrada naquilo que é necessário para cumprir seus objetivos.
Seja inteligente, simplifique!
Imagem de capa: As carecas famosas em arte minimalista. Arte do designer brasileiro, Fernando Perottoni.