Por Aline Andrade
Vinícius de Moraes já dizia: “A vida é a arte dos encontros, embora haja tantos desencontros pela vida”. Sim! Acredito que ele tenha plena razão em suas palavras, pois nunca se sabe o que a vida nos reserva. Se em uma viagem, em uma caminhada pelas ruas, passeio no parque, ou naquela festa que você nem estava muito afim de ir, você se esbarra com a pessoa que pode ser a pessoa de sua vida (não que eu acredite em alma gêmea, mas a pessoa exata para um determinado momento da sua vida: Ah essa sim, ela existe!), aquela pessoa que lhe proporcionará um friozinho na barriga, a sensação de estar pisando em nuvens, de enxergar a vida mais colorida e diga-se de passagem “há coisa mais boa do que isso?”.
A vida tem dessas coisas, você encontra aquela pessoa que mexe com você, que deixa os seus dias mais alegres e lhe proporciona incríveis memórias, mas que nem sempre é possível manter a sintonia e seja lá por qual desavença do destino, vocês começam a se afastar. No meu caso, foram as malditas fronteiras artificiais, à distância e o descompasso de tentar algo que era um passo no escuro. O fato é: relacionamentos são assim, não é uma garantia de “felizes para sempre”, às vezes ou por força do destino ou por vontade própria aquela relação que era linda, acaba por se findar. Com o término além de fragmentos de memórias doloridos (porque dói, ah como dói o término de um relacionamento), ficam também as boas lembranças, os momentos felizes e lindos que vocês passaram juntos e todo o aprendizado; pois, relacionamentos não são para nos completar e sim, para somar, para acrescentar, uma troca mútua de carinho, afeto e experiências. Fragmentos esses que nunca serão apagados e fazem parte da nossa bagagem emocional.
Depois de um porre de livros ou de cachaça e com o passar do tempo, o que doía não irá doer mais, às vezes até as más lembranças são esquecidas, guarda-se o que foi bom, proveitoso… E como somos seres afetivos, que estamos sempre prontos para amar e prontos para outra, aí vamos nós pelos caminhos da vida esperando uma nova esbarrada, outra nova experiência que faça nossos corações baterem mais fortes.
Fragmentos de amor… Ah esses nunca passaram!
Sobre a autoria:
Aline Andrade, 23 anos, estudante de Direito e apaixonada pela vida.