A preocupação com os direitos humanos fundamentais deveria ser proporcional ao zelo com os direitos animais. Mas não é.
Todos os dias, e a qualquer momento, animais são brutalmente maltratados e mortos para fins de consumo humano. Alguns dizem que essa matança generalizada é inevitável para a sobrevivência da espécie humana, enquanto outros consideram a barbárie contra animais um absurdo sem precedentes.
A morte é imprescindível à vida, sim, mas alguns sacrifícios são desnecessários.
Vegetarianos no mundo todo lutam contra a exploração animal como maneira de providenciar alimentos para as pessoas. Essa luta não é de hoje, mas seus efeitos nunca foram realmente produtivos e significativos ao ponto de impedir que animais sejam salvos da aniquilação.
As pessoas precisam comer, e a grande maioria delas não está disposta a deixar de incluir carne em sua alimentação. Isso é compreensível, mas não aceitável.
Moral e ética parecem ser forças invisíveis quando o assunto é sacrificar animais para a nutrição das pessoas.
De fato, há um paradoxo entre a necessidade de matar animais para viver e preservar a vida na morte. O fato é: as pessoas não vão parar de comer carne.
Ativistas ambientais fazem um trabalho elogiável, digno e honroso, mas sua causa é tão impossível quanto impedir um predador faminto de ir atrás de sua caça. É inútil lutar contra a natureza.
Não importa a inviabilidade da causa vegetariana, ela é real e faz parte da vida de muitas pessoas no mundo todo que odeiam ver animais sendo vítimas de um holocausto supermassivo.
Além de devastar uma boa parte da população animal, as execuções em massa prejudicam seriamente o meio-ambiente.
Como mostrou o documentário Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade (2014), a principal causa de aquecimento global são os gases liberados por animais nos processos da pecuária, e a culpa é atribuída tanto às indústrias pecuaristas (que matam os animais para comércio) quanto às organizações ambientais (que lidam com a questão de forma inconsequente).
Algumas justificativas para se matar animais em prol da subsistência humana são pautadas na biologia. Muitas pessoas assumem que essa dinâmica faz parte da cadeia alimentar, e de fato faz. Afinal, é matar ou ser morto.
A caça, pesca e pecuária são atividades que movimentam bilhões em um comércio global. As instituições ambientais não podem lutar contra esse sistema, apenas minimizar seus efeitos na mídia. Essas organizações agem como boas samaritanas, mas seu código de conduta é ineficaz, pois é certo que muitos de seus funcionários sobrevivem a partir da energia provida por animais.
Nas ilustrações chocantes a seguir, animais trocam de lugar com pessoas: tomam para si mesmos a crueldade que têm de aguentar nas mãos dos seres humanos.
Nessa troca de papeis, o resultado é igualmente desolador, com pessoas sendo tratadas como muitos animais que servem a propósitos egoístas. As imagens são gráficas, mas não deixam de ser reais. Veja: