Uma amiga me contou, passou seis meses olhando de longe um sujeito, analisando, observando cada gesto dele, percebendo-o, até decidir se aproximar dele e se declarar. Estão junto até hoje.
Outra amiga terminou com o namorado, fim da relação, ela passou seis meses na dela, ele, não perdeu tempo, saiu, ficou com outras, minha amiga curava as feridas, se cuidava, pensava, sofria em silêncio, ele aproveitava a vida de recém-solteiro, ela cicatriza, ele se enganava.
Seis meses depois ela começou a sair, pronta, decidida, curada, segura, sentiu o que tinha que sentir, agora era seguir em frente, pra ela sim, mas pra ele, não. Seis meses depois ele percebeu o quanto ainda gostava dela, o quanto ainda a queria, mas era tarde pra ele, ela não voltou, ela seguiu.
Penso, homens e mulheres vivem tempos diferentes, os homens são mais rápidos, as mulheres mais cautelosas, homens mais práticos e objetivos, mulheres mais serenas e prudentes, vivem tempos diferentes.
Tenho a sensação que a entrega pra mulher é maior, ela se expõe mais, sente mais, é mais intensa, precisa estar segura, ter confiança, os homens são mais superficiais, fáceis, livres.
As mulheres são seguras e decididas em suas resoluções, quando decidem viver um amor, vivem, mas quando decidem não querer mais, não querem, não adianta mi mi mi, drama, choro e vela, mulheres sabem colocar um ponto final, dizer um não e segurar a barra.
Homem não sabe ou não gosta de terminar uma relação, empurra com a barriga, vai levando sem querer, sustentando por um fio, se segurando, nunca sabe o que realmente quer, se estão solteiros, querem namorar, se estão namorando, querem viver como se estivessem solteiros.
O tempo sempre é diferente para homens e mulheres, pra eles mais rápido, pra elas mais lento, eles vão e voltam, elas quando vão, não voltam mais. Acredito que seja assim.