Estamos percebendo como o tempo, as horas, têm passado mais rapidamente do que antes?
Mas, não é possível crer que alguma coisa mudou no sentido cronológico.
Mas, então, o que mudou?
Os nossos hábitos, a busca pelo ter, a nossa ansiedade que nos faz correr “daqui para lá”,
a fazer inúmeras coisas ao mesmo tempo.
Assim, quano chega à noite, estamos exaustos, sem tempo para a família, para desfrutar de
um jantar ou um lanche, em perfeita serenidade – como deveria ser.
Às vezes falta tempo para um diálogo caloroso com a esposa ou com o marido, com os filhos,
com os pais , os irmãos, enfim, parece que a “família” perdeu bastante o seu sentido de aconchego,
de nosso chão, nosso porto seguro.
Não temos mais tempo para conversar com os vizinhos – muitos nem conhecemos. Parece que estamos,
todos, enclausurados – sem comunicação.
Mais de 1 emprego, já é comum hoje, nessa era do consumismo e da necessidade também.
Ler um bom livro, é atividade de poucos;
Escrever, hoje, é coisa do passado. Afinal, existe a tecnologia, onde não há mais necessidade de cartas
– aquelas que esperávamos com ansiedade e que alegria ao recebê-las!
Precisamos rever nossos hábitos, parar um pouco, descansar o coração, a mente,
pensar no SER, mais do que no TER.
Ter é preciso, claro! Ninguém vive dignamente sem ter o que comer, o que vestir, onde morar e até para se divertir.
Mas, o SER HUMANO precisa vir em primeiro lugar,
para o bem de nossos corações, mentes, harmonia interior, serenidade.
Para o bem de nossos irmãos – companheiros de jornadas, de batalhas,
num mundo que se tornou – infelizmente, tão intensamente acelerado.
Lu Prado