Fábio Assunção, de 49 anos, foi escolhido o “Homem do ano” da revista GQ na categoria Personalidade. Em entrevista para a publicação, o ator falou sobre carreira, dependência e amores.
O ator, que em breve estará de volta às telas na série FIM, basesada no livro homônimo de Fernanda Torres, falou sobre sua saúde e sobre a impressionante transformação física que viveu neste ano. “Com disciplina e um time incrível, perdi 27 quilos em 13 meses. Mas isso é só um número. O que mais me interessa é o ensinamento: renunciar ao que não preciso, aos excessos.” disse o artista.
Fábio também discorreu sobre os benefícios que a atividade física trouxe para sua vida: “Muito mais do que uma barriga trincada, o exercício dá musculatura ao pensamento. No jiu-jitsu você usa a força de quem te ataca contra a pessoa. No boxe, a chave é o tempo. Em algumas lutas da vida precisamos entender o timing certo para enfrentá-las.”
Ele ainda comentou sobre sua atitude diante da música batizada como Fabio Assunção, lançada em 2018 pelo grupo La Furia, que satirizava a sua luta contra a dependência química. “Tudo indicava que deveríamos ir para um litígio, mas preferi o diálogo. Eles me disseram que era uma homenagem. Eu agradeci, mas expliquei que ridicularizar uma doença não tem graça, que não se pode glamourizar um assunto tão sério para muita gente. Sugeri que a renda dos direitos autorais fosse doada. Este ano, ganhamos 50 mil reais.”.
O artista também falou com honestidade sobre dependência. “As pessoas têm uma droga de escolha, tem gente que desenvolve dependência com crack, jogo, anfetamina, compra, comida. Eu não gosto de falar o nome da minha droga de escolha. A primeira vez que fui a uma reunião no A.A. eu tinha 30 anos e havia um fotógrafo na porta. Não tive a chance de uma recuperação privada. Existe um estigma gigante em torno desse assunto e, ao falar sobre ele, quero passar uma mensagem: ‘Tenha coragem, deixe os outros dizerem, talvez você seja ridicularizado, julgado, mas só você vai valorizar a sua vida’.”, disse Fábio.
“Eu não acordava bebendo, nunca bebi no trabalho, mas achei em um determinado momento que o álcool podia ser uma alternativa mais leve, mas é a droga mais pesada que conheci. Muita coisa acontece: acidente, violência doméstica, agressão verbal, arrogância. Tem gente que tem sabedoria para beber, mas tem uma parcela de 14 a 16% da população mundial que não sabe parar. E eu disse sim ao não. Passei a ter mais paciência com os meus erros. Se a angústia vem, eu escuto uma música, deixo passar. No passado, eu certamente beberia. Estou a cada dia mais distante das coisas que me perturbavam, sem beber há sete meses.”.
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Redação Conti Outra, com informações de GQ.
Crédito da foto de capa: Mauro Motta.
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