Que grande engano e que imensa bobagem quando falamos: “É preciso perseguir a felicidade”! Seria a felicidade uma bandida que é preciso perseguir, capturar e aprisionar?
Seria a felicidade o fogo subtraído dos deuses que se faz necessário roubá-lo para que os mortais possam viver melhor?
Não! A felicidade não é para ser capturada; não é possível prendê-la, torná-la somente sua… Ela não é um feudo e, muito menos, admite um sistema monárquico, onde seria preciso ser súdita de um rei. A felicidade quer a liberdade, gosta de aproximar-se de quem a quer, de quem a procura… Destina-se às pessoas que não são afoitas, nem invejosas e, sim, as que buscam com ardor o sentido do seu viver.
A felicidade quer ser saboreada lentamente, exige atenção, entrega total, não abre mão de sua fugacidade…
Faz grandes exigências, assim sendo, são poucos os que a encontram. Frequentemente , exige das pessoas árduos exercícios de alma para poder captá-la e, ás veze, surpreende nas coisas banais e simples do cotidiano.
A felicidade não tem um lugar fixo de moradia; os poetas alertam que é “uma pluma que voa pelo ar”. Gosta de estar junto das pessoas que gestam poesias, jardins, sonhos, devaneios e que conseguem ouvir estrelas. Não é de ninguém e é de todos que celebram os impossíveis .
Penso que a felicidade, seja um beija-flor que pousa no ombro!