Por Marcela Bianco
Quando vemos uma criança brincando muitas vezes vem em nossas mentes aquele pensamento: “Ah como era bom ser criança, não precisávamos levar nada à serio!”
Mas, brincadeira de criança pode ser algo mais complexo do que você imagina!
As brincadeiras, tanto as lúdicas quanto as educativas, têm um importante impacto para o desenvolvimento saudável e para a vida psíquica das crianças, uma vez que a ajudam a desenvolver habilidades cognitivas, físicas, sócio-afetivas e morais, além de auxiliar a estruturar suas vidas emocionais.
Ao brincar, as crianças exercitam muitas habilidades como: capacidade de expressão verbal e não verbal, linguagem, raciocínio, pensamento abstrato, representação espacial, curiosidade, criticidade, objetividade, reflexão, flexibilidade, atenção, concentração, memória, imitação, criatividade, imaginação, relacionamento intrapessoal e interpessoal, autonomia, cooperação, autoconfiança, autoestima, iniciativa e sentimentos de competência.
As brincadeiras e os jogos infantis também podem ser instrumentos facilitadores do processo de ensino-aprendizagem das crianças. Nelas as crianças aprendem, por exemplo, a contar, a classificar, a ordenar, a discriminar, a traçar estratégias, solucionar problemas, etc.Além de aprender diversas regras sociais e, a partir delas, a regular seu próprio comportamento.
Também estão relacionadas ao desenvolvimento dos sentidos (táteis, visuais, etc), da coordenação motora, da corporalidade, do movimento, do equilíbrio, da propriocepção e da imagem corporal.
Por meio das brincadeiras e de seus simbolismos, as crianças são capazes de apreender e reelaborar o universo ao seu redor. Também desenvolvem uma vida imaginária mais rica, podendo expressar e representar seus sentimentos e ideias, por meio de metáforas e da fantasia, brincando com temas próprios de sua realidade psíquica.
O brincar também pode ser uma forma da criança expressar medos, ansiedades e conflitos, na tentativa de explicitá-los e encontrar maneiras de solucioná-los e elaborá-los internamente. Assim, aprendem que podem intervir na realidade e transformá-la.
Além disso, as brincadeiras funcionam como atividade prazerosa em si mesma e que leva a satisfação e realização pessoal.