“Caminhado sob o sol até o amor se reinventar” (Moska; Mú Carvalho)
Se pudéssemos, de alguma forma, elevar a nossa consciência para um novo tipo de despertar? Abandonar a zona de conforto emocional que há tanto seguimos e, despidos das moralidades comuns, sermos capazes de externar, com honestidade e legitimidade, nossos sonhos e desejos. Estabelecendo um tipo de confiança mútua sobre qualquer assunto, sem represálias e mecanismos próprios incumbidos de medos, carências e mera sobrevivência.
A grande jornada, ou, o grande abrir dos olhos do ser humano, pode estar intimamente ligado ao fato de permitirem-se reações únicas frente ao outro. Um aperto de mãos, um sorriso, um abraço, um beijo. Oferecer o ombro para ouvir, oferecer palavras para dizer. Não se trata de escutar e falar. É diferente. É algo mais. Talvez seja furar a bolha que nos prende diariamente, onde interpretamos inúmeros personagens, e através de inteiros, reagirmos para nós, para alguém.
Experimentar o amor sem corroborar com o já conhecido. No caminho inexplorado se dar conta da efervescência magnífica que é partilhar sem razão e algum resultado aparente. Fazer por querer fazer. Estar por querer estar. E nessa harmonia delicada que transcende beber do conhecimento à disposição.
Em muitos níveis, a liberdade acompanha o coração que quer ser. Mas ser para crescer, evoluir e somar. Ainda que muitos definam como quantificar, na verdade, trata-se das experiências mais loucas e absurdas de todos os tempos – contar a verdade para si. Chorar sorrindo carregando esperanças, desfrutando do mais simples de tudo. Ah, sim.
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