Por Maria Cristina Ramos Britto
A persistência é uma qualidade fundamental para se alcançar qualquer objetivo porque, como se sabe, do céu só cai chuva, e para realizar um projeto, necessita-se de foco e arregaçar as mangas, forjando as condições propícias para um plano ser bem-sucedido. Algumas outras características contribuem para as conquistas diárias, como a determinação e a flexibilidade, que impulsionam a pessoa a superar um obstáculo, possibilitando a busca de alternativas quando as condições externas assim o exigem. Ser ousado também é comportamento positivo, desde que dentro dos limites do bom senso, quando não representa riscos desnecessários.
Exercitamos a persistência desde o berço, ao darmos os primeiros passos trôpegos em direção ao mundo, caindo e levantando, testando as possibilidades do desconhecido, repetindo experiências, aprendendo não apenas o que causa dor e prazer, mas também a diferença entre o que é agradável e aquilo que deve ser evitado. Vamos acumulando informações que nos ajudarão no desenvolvimento físico e psíquico, e que nos capacitarão a enfrentar muitas situações no futuro, refinando a percepção do que nos rodeia. Desenvolvemos, igualmente, a capacidade de reivindicar a satisfação de necessidades básicas.
Tentativa e erro fazem parte do crescimento individual, e é graças a eles que vamos acumulando conhecimento sobre várias coisas e descobrindo o que funciona em nossos projetos. Às vezes, é preciso fracassar até achar o rumo certo, ajustar a bússola interior e seguir a solução mais viável. Quem desiste na primeira dificuldade acaba sendo especialista não apenas em ideias, mas também em fiascos. Frustrar-se ao menor contratempo, sem se dar a chance de avaliar melhor a situação em busca de alternativas, pode indicar imaturidade e despreparo emocional. Porque, afinal, quando nascemos, ninguém garantiu que ia ser fácil, não é mesmo?
Mas e quando a persistência, tão necessária, como vimos, se transforma em teimosia? Como é possível perceber que o limite foi ultrapassado e, de indivíduo determinado, passou a cabeça-dura, ignorando tanto a impossibilidade de obter o que deseja quanto os sinais e avisos de que o objetivo é inviável? Essa atitude é muitas vezes justificada com os pensamentos: já investi tanto tempo e/ou dinheiro, então vou até o fim; se desistir agora, as pessoas acharão que sou covarde, ou frouxo, ou indigno de confiança; preciso provar que sou capaz; e outras reações emocionais nascidas de crenças de valor ou aceitação, impostas pelo ambiente em que se cresce e vive.
A verdade é que, quando se perde a perspectiva e se começa a olhar em volta, preocupado com o que as pessoas vão pensar, pare e foque em você, porque o que conta realmente é o seu julgamento, no final das contas, as conseqüências serão suas e você arcará sozinho com elas. Fez tudo que era humanamente possível e não mudou a situação de forma favorável? Então, desapegue! Desapegue daquele relacionamento que só traz lágrimas ou que não vai para lugar algum, no qual só você investe com o amor e as lágrimas. Desista do emprego que é apenas trabalho, que não tem possibilidade de crescimento e onde você se sente menos que uma peça de engrenagem. Abra mão daquele curso ou faculdade que mais parece castigo, de tão desinteressante ou distante de suas aspirações, mesmo que prometa retorno financeiro, pois em tempos de crise, nada é certo. Repense aquele relacionamento que apenas suga você, seja emocional ou financeiramente, e do qual espera uma mudança da pessoa, graças à sua compreensão.
Faça sempre o seu melhor, mas atenção aos limites. E às expectativas irreais em relação a pessoas, situações e a si mesmo.
Imagem de capa:/shutterstock
Você não vai querer sair da frente da TV após dar o play nesta nova…
Será que você consegue identificar o número 257 em uma sequência aparentemente interminável de dígitos…
Se você é fã de comédias românticas que fogem do óbvio, “O Casamento do Meu…
Uma história impactante e profundamente emocionante que tem feito muitas pessoas reavaliarem os prórios conceitos.
Um filme charmoso e devertido para te fazer relaxar no sofá e esquecer dos problemas.
O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o filme Ainda Estou Aqui,…