A tv produz o lixo que o povo gosta ou o povo consome o lixo  que a tv produz por que não tem escolha?

Por Adriana Vitória

Depois de anos observando a humanidade e a mídia, não tenho duvidas que a segunda opção é a verdadeira.
Os “formadores de opinião” que controlam as mídias ao redor do mundo, entenderam que grande parte da população é vulnerável e facilmente manipulada.

Isto é um fato dado que, milhares de pessoas, de diferentes classes sociais tiveram suas personalidades fragilizadas e enfraquecidas na infância tornando-as adultos inexpressivos e indecisos, mas isto não justifica absolutamente tratar o povo como rebanho.

Que mídia é essa que despeja toneladas de puro lixo de domingo a domingo em suas tvs e revistas, pra depois os acusarem de ignorantes sem cultura ?

Seja de que lado for, é fato que o mundo carece de qualidade e bom gosto, mas também é fato que os melhores canais de tv são pagos e as melhores revistas inacessíveis a maioria.

Ao longo da minha vida tive o desprivilégio de encontrar pessoas “instruídas” absolutamente ignorantes e o privilegio de conhecer outras, muito humildes plenas de sabedoria.

Infelizmente, e principalmente nos países de terceiro mundo, do qual nós, pobres brasileiros fazemos parte, aqueles que comandam a mídia, parecem querer ignorar o fato de que todos não só tem o direito, mas querem ter acesso ao conhecimento, aos livros, ao mundo, as diferentes culturas, as artes.

A crescente erotização na música e nos programas de tv mostra a enorme pobreza de espirito e falta de criatividade dos que comandam este universo e apesar de não parecer, o povo esta farto disto.

Experimente dar ou ler um bom livro a quem nunca teve um, pra ver o que acontece. Mágica !

Manter um povo com conhecimentos limitados é cruel, é tolher a liberdade de se formar sua própria opinião, e pior, é destinar um pais a sua própria miséria.

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Mineira de alma e carioca de coração, a artista plástica, escritora e designer autodidata Adriana Vitória deixou Belo Horizonte com a família aos seis meses para morar no Rio de Janeiro. Se profissionalizou em canto, línguas e organização de eventos até que saiu pelo mundo sedenta por ampliar seus horizontes. Viveu na Inglaterra, França, Portugal, Itália e Estados Unidos. Cresceu em meio à natureza, nas montanhas de Minas, Teresópolis, Visconde de Mauá, e do próprio Rio. Protetora apaixonada da Mata Atlântica e das tribos ao redor do mundo, desde a infância, buscou formas de cuidar e falar deste frágil ambiente e dos seres únicos que nele vivem.