Por Maria Cristina Ramos Brito
Ao longo do tempo, tantas pessoas passam por nossa vida: familiares, amigos, colegas e amores. Destes, às vezes um somente torna-se eterno e insubstituível, outras vezes, o candidato é sempre o próximo de muitas tentativas de ter achado, finalmente, o companheiro de caminhadas. Relações passageiras, profundas, descontínuas ou perenes, de muito riso ou banhadas de lágrimas, e até ambos, dia sim, dia não, que produzem arco-íris por leveza e alegria ou interrogações por nunca se definirem claramente. Pessoas que são apenas um pé-de-vento, mas, por isto mesmo, inesquecíveis, outras, um permanente porto seguro.
Não se pode é parar na primeira decepção, desistir depois do rompimento do que parecia ser uma história de conto de fadas, virar as costas a namoros ou sonhos de amor porque o príncipe virou sapo. Ou ficar cínico porque descobriu que a princesa se revelou uma bruxa. Todos são passíveis de cometer erros de avaliação e o coração pode ser conquistado por quem, em vez de acarinhá-lo, vai, no futuro, machucá-lo. Ou se decepcionar por pura ilusão, porque afinal, mesmo com promessas de felicidade eterna, as expectativas de que os desejos se realizariam precisam enfrentar o teste da realidade. É preciso então fazer uma pausa para curar a alma, livrar-se de mágoas e ressentimentos e se preparar para seguir em frente.
Tem gente que nasce sabendo que quer ser médico, professor ou confeiteiro, com raízes no mesmo trabalho, ou nômade, uns felizes com uma existência previsível, outros sempre em busca de novas oportunidades e até novas profissões. As pessoas reinventam-se e podem demorar um pouco a encontrar seu talento, precisam experimentar opções, antes de abraçar carreira e fazer cartão de visita. Afinal, são tantas alternativas, escolher um ofício é abrir mão de outros, e o medo de não ser bom o suficiente pode estar à espreita.
A vida é feita de possibilidades para quem se dispõe a tentá-las, mas insegurança, necessidade de aprovação e excesso de autocrítica levam ao fracasso. Tanto nos assuntos pessoais quanto nos profissionais, indica-se ter visão realista das potencialidades, flexibilidade para encontrar soluções, desapegar e não insistir no que não frutifica. Para isto, desenvolver autoestima é fundamental. Porque a primeira pessoa que deve respeitá-lo e amá-lo é você mesmo. O modo como o indivíduo se mostra ao mundo, a postura diante das situações, a espinha reta e o sorriso no rosto vão determinar a reação dos outros e o tipo de relações que ele vai atrair. E se você não acreditar em si mesmo, quem vai fazê-lo?