Por que correr atrás de quem não nutre um mínimo carinho por nós, de quem nunca nos convida para nada? Por que ficar amando em banho-maria alguém que mal olha para o nosso lado, que se acomodou com a gente ali, mas, na verdade, pouco se importa? Por que frequentar ambientes em que nos sentimos invisíveis?
Talvez pelo egoísmo de um mundo cada vez mais materialista e superficial, talvez por conta de nos sentirmos menos do que somos, a verdade é que a maioria de nós já se demorou em terreno pedregoso, onde a alma se feria, onde o ar sufocava, onde nada nos enxergava. Normal nos sentirmos desanimados e nos desvalorizarmos de vez em quando, porém, ficar além da conta onde nos sentimos mal soa a masoquismo.
Não seremos queridos por todos, nem bem quistos em todos os lugares que frequentarmos, mas isso não quer dizer que não tenhamos o nosso valor. Caso estejamos nos abrindo de acordo com o que realmente pulsa dentro do peito, haveremos de encontrar os lugares onde repousaremos nossos sonhos, as pessoas com quem caminharemos de mãos dadas, pois então teremos, sobretudo, encontrado a nós mesmos.
Por que correr atrás de quem não nutre um mínimo carinho por nós, de quem nunca nos convida para nada? Por que ficar amando em banho-maria alguém que mal olha para o nosso lado, que se acomodou com a gente ali, mas, na verdade, pouco se importa, pouco nos toca, pouco nos vê? Por que frequentar ambientes em que nos sentimos invisíveis?
Não será fácil nem tranquilo, mas teremos que nos afastar de certas pessoas, de determinados ambientes, deixando para trás muito do que pensamos ser vital, mas que, com o tempo, apenas se mostrará dispensável. Vamos sentindo o ar voltar, as cores se reavivarem, os sons mais nítidos, o coração mais leve, enquanto nos afastamos de tudo o que nos faz mal. Lá na frente, seremos gratos por toda dor do sofrimento, porque estaremos sorrindo à toa.
Afaste-se de quem fizer você se sentir como alguém que não vale a pena, porque você sempre valerá muito, sim, para quem enxergar todas as suas qualidades, entender todas as suas manias, rir junto das mesmas bobagens, entrelaçando as mãos às suas, entrelaçando a alma à sua. O amor será, então, pleno, porque verdadeiro.
Imagem de capa: Fabiana Ponzi/shutterstock
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