Todos já ouviram a célebre frase: “nasce um bebê, nasce uma mãe”. Nada a discordar desse jargão popular. É no dia-a-dia que vai se aprendendo a árdua tarefa, afinal de contas, bebês não vêm com manuais, assim como as mães não vêm prontas.
Os pais são imprescindíveis nos cuidados com seus filhos para a formação da personalidade da criança, mas não entrarei nesse mérito no texto, pois o escrevo do ponto de vista de mãe.
Objetivo, com esse singelo dizeres, acarinhar aquelas que estão engatinhando nessa incrível viagem chamada maternidade.
Algumas situações que acontecem no processo “tornar-se” mãe:
1- Cuidar de um bebê é muito mais difícil do que disseram e do que se imaginou;
2- Passar noites e noites sem dormir adequadamente é enlouquecedor;
3- Para algumas mães, amamentar não é a oitava maravilha do mundo;
4- Muitas vezes, perdemos a paciência diante de tantas demandas de um bebezinho tão pequeno;
5- Ter depressão pós-parto é mais comum do que se imagina, mas poucas mulheres sentem-se tranquilas para dizê-lo;
6- Ficar com barriga pós-parto e acima do peso, por meses e até anos, não é relaxo;
7- É natural questionar se a decisão de se ter um filho foi a mais acertada, afinal, a vida era boa antes;
8- A frase “Você vai entender quando for mãe” vai ressoar centenas de vezes em sua cabeça;
9- Há mais dificuldades em estabelecer alguns limites e dizer alguns “nãos” para seus filhos do que você imaginara;
10- Impossível oferecer comida saudável a seu filho por toda a infância;
11- Compreendemos mais os comportamentos dos nossos pais;
12- Empatia exacerbada, ou seja, a dor de uma mãe é sentida por todas as mães;
13- Desejo de transformar o mundo para melhor;
14- Reza-se mais;
15- Emociona-se facilmente;
16- Muitas vezes, sente-se que se erra mais do que se acerta na educação do(s) filho(s);
17- Dorme-se menos;
18- Aprende-se a cozinhar comidas coloridas e saudáveis;
19- Há lágrimas nos olhos das mães no primeiro dia de aula do(s) filho(s);
20- Dói muitas vezes; ser mãe dói a alma;
21- Tem-se apenas o suficiente de roupas e sapatos, pois as prioridades são outras.
E, de repente, a vida vai fluindo, vai fazendo o seu próprio desenho e essa nova realidade, a da chegada de um bebê ou outro filho, vai fazendo mais sentido.
É bem possível que você se pergunte: como fui capaz de mudar tanto? A resposta é: a maternidade.
Aprende-se a sentir e a receber um amor diferente e talvez aí estejam os “superpoderes” das mães.
Os beijos de mães curam os machucados, abraços dão mais coragem para que seus filhos sigam em frente, suas palavras e incentivos fazem com que continuem em frente e percam seus medos.
Aprende-se que, mais importante do que a aparência e as unhas feitas, é o sentir-se em paz. Aprende-se que, melhor do que ter dinheiro, é ter filhos saudáveis.
Possivelmente, a maternidade nos conecte com as sensações mais primitivas do ser humano, com as melhores emoções que alguém possa sentir.
A maternidade é um transformar-se constantemente. Parabéns a todas as mulheres que suportaram as dores das mudanças e transformaram-se em mães.
Imagem de capa: shutterstock/FamVeld