Por Maria Cristina Ramos Brito
Autoestima parece ter se tornado a palavra mágica que tornará qualquer coisa possível. Mas autoestima não se ensina em curso nem se aprende em livro, por mais que as ofertas destes se multipliquem. Pelo simples detalhe de que ela vem de dentro, precisa ser desenvolvida por cada um. Não há receita, o que está sendo oferecido são informações para que cada pessoa se aprimore. Quando se pretende adquirir autoestima de fora para dentro, preocupando-se apenas com o comportamento que a manifesta, não há mudança nem conquista. Autoestima não se veste na moda, não segue modelos, não usa cabelos ou adereços do ídolo do momento. Autoestima se autoinventa, se constrói.
A autoestima baseia-se na confiança que o indivíduo tem em si mesmo, na segurança da capacidade de enfrentar dificuldades, na coragem de lutar pela própria felicidade, o que dá aos reveses sua verdadeira dimensão. Autoestima é sinônimo de amor-próprio, e significa gostar de si mesmo, acreditar que se é merecedor de amor e respeito por parte dos outros e de ser feliz, realizar-se como ser humano. Ela inclui a autoconfiança, que se refere à competência social, e a autoaceitação, ligada ao respeito profundo por si mesmo.
Popularizada, mas pouco compreendida, não deve ser confundida com egoísmo, que se caracteriza como pensar e agir movido por interesses sem considerar os outros; com arrogância, expressão de soberba quando simplesmente se acredita ser melhor que os outros; ou com egocentrismo, característica de quem se acha o centro do universo. Aquele que desenvolve autoestima não tem medo de errar e admitir o engano, não impõe suas crenças ou ideias, achando-se o dono da verdade, ouve críticas e reflete sobre elas, para aceitá-las ou descartá-las. É uma pessoa assertiva, que expõe ideias, vontades e necessidades, respeitando os direitos dos outros e os próprios.
Autoestima também se aprende em casa, sendo estimulada na relação com os adultos. A forma como a criança é tratada influenciará sua forma de interagir quando se tornar adulta. É importante que ela receba afeto, elogios e atenção, seja ouvida, tenha suas dúvidas esclarecidas, seja punida de acordo com a falta cometida e não com excesso de severidade, o que pode confundi-la quanto a regras e limites, e, principalmente, se sinta segura e cuidada. Isto contribuirá para que cresça segura de seu valor e capacidade, além de mais bem preparada para os desafios e tentações que todos enfrentam. Indivíduos mental e emocionalmente equilibrados sabem quando e a quem dizer sim. E, principalmente, não.
Mas se o indivíduo recebeu muitos estímulos negativos na fase de crescimento, necessitará passar por um processo de autodescoberta, que implica uma análise das causas específicas de seus problemas e dificuldades no trabalho, nos relacionamentos ou na autossatisfação. O primeiro passo é não ficar preso ao passado, buscando culpados, e se concentrar no presente e nas mudanças requeridas. É indicado que a pessoa reflita sobre se não enfatiza apenas os aspectos negativos, desconsiderando os positivos. Aconselha-se a enxergar suas qualidades e exercitar uma nova maneira de encarar a vida, testar as evidências de seus pensamentos autodepreciativos, de menos-valia, de fracasso, de não ser merecedor do que quer que seja.
Todos têm pontos positivos e negativos, ninguém é perfeito, todos cometem erros, e os otimistas aprendem com eles, portanto ser realista é uma vantagem. Gostar de si mesmo, fazer planos, sonhar, cultivar amizades sinceras e fugir de relacionamentos destrutivos são atitudes que fortalecem a autoestima. Afinal, pensar negativamente e se sentir inferior colabora para que o indivíduo fique deprimido, jogando-o numa espiral de desesperança e frustração, que aumenta o sofrimento.
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