Ana Macarini

Amigos reais e amizades virtuais: uma mistura que pode dar muito certo!

Imagem: dramalens/shutterstock

Todas as pessoas que você tem adicionadas nas Redes Sociais são suas amigas no mundo aqui fora, o chamado “mundo real”?! É claro que não, né? E quer saber…isso é ótimo!

A explicação é até bastante simples: aquelas pessoas que formam o seu time de amigos do peito constituem a sua rede de relacionamentos formada por elos mais fortes.

São, normalmente, pessoas mais parecidas com você, com interesses em comum, valores mais próximos e, muitas vezes com padrões de instrução bem semelhantes que vestem a tal camisa de amigo íntimo.

É claro que isso não é uma regra. Assim como tudo na vida, há amizades intensas e belíssimas que nascem de encontros absolutamente improváveis. Mas, exatamente por serem encontros extraordinários, estes não são os mais comuns.

A internet é uma poderosa ferramenta de aproximação entre indivíduos que, sem essa ajudinha, jamais chegariam a se conhecer.

E é bem verdade que se você deu um passo além com alguns de seus contatos, evoluindo para conversas privadas, por exemplo, é porque aquelas pessoas, em especial, aparentemente possuem algo em sua forma de se mostrar, expressar e comunicar que o atraíram de alguma forma.

Quando um contato virtual evolui para além dos posts, curtidas e cutucadas, há uma boa chance dessa relação de elo frágil vir a ser uma amizade cheia de possibilidades e, em alguns casos – por que não? -, virar um relacionamento afetivo e até amoroso.

Estar online, segundo pesquisadores da universidade de Toronto*, oferece aos indivíduos 33,4% mais chances de ampliar o círculo de amigos. Isso é claro, se o tal indivíduo não permanecer 24 horas por dia abduzido para dentro da tela de um smartphone, certo?

Quando as amizades virtuais surgem por meio de um bem-vindo efeito colateral das relações reais, elas acabam por agregar valor aos níveis de socialização.

Um bom exemplo disso são as solicitações de amizade que vêm por meio de “amigos dos amigos”; neste caso há uma oportunidade bem grande de ocorrer uma migração da tela para um encontro ao vivo.

E tudo bem se as amizades virtuais não fizerem um upgrade de elo frágil para elo forte, porque a vida também é feita de encontros menos intensos e mais leves. É importante ter a mente aberta para ampliar horizontes.

Conhecer pessoas diferentes de você é uma forma bastante saudável de mudar o foco e abrir o olhar para novos interesses e jeitos de interpretar a vida. É na interação que a gente se transforma. E transformar-se é uma das coisas mais saborosas que podemos fazer por nós mesmos, ainda que seja, em primeira instância, de forma virtual.

*Asur, S. , Huberman, B. A. (2010). Predicting the future with social media. In Proceedings of the IEEE/WIC/ACM International conference on web intelligence and intelligent agent technology (Vol. 1; PP. 492 – 499). Toronto, Ontario, Canada; ACM.

Ana Macarini

"Ana Macarini é Psicopedagoga e Mestre em Disfunções de Leitura e Escrita. Acredita que todas as palavras têm vida e, exatamente por isso, possuem a capacidade mágica de serem ressignificadas a partir dos olhos de quem as lê!"

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