Amor de mãe

Por Adriane Sabroza

Hoje me peguei pensando sobre que tipo de amor é esse, o das mães…

Um amor já falado, cantado e contado de tantas formas, na tentativa, diria eu, em vão, de tentar defini-lo. Mas, afinal que tipo de amor será esse?

Talvez seja um amor do tipo inesquecível…

Quando nos tornamos mães, a emoção do parto e a sensação de ter pela primeira vez o nosso bebê nos braços é mesmo avassaladora.  Ainda que eu tente, não consigo pensar em outra palavra para melhor descrevê-la. Também pudera, só quem já viveu um tórrido romance sabe

como é angustiante a espera pelo primeiro encontro. As fantasias sobre como será e os inúmeros ensaios sobre as possíveis conversas, ajudam a conferir ao momento do primeiro encontro uma emoção única e torná-lo inesquecível.

Não há a menor dúvida que o nascimento de um filho é um grande marco, um verdadeiro divisor de águas na nossa vida. Nada mais será como antes. Não me refiro aqui às noites mal dormidas ou à preocupação constante, que passa a ser, de uma hora para outra, a nossa mais nova amiga de infância. Falo de um sentimento louco, sem tamanho, de um querer bem sem fim, que passa de uma hora pra outra a fazer parte das nossas vidas. Algo que não é passageiro, mas definitivo, algo que veio pra ficar e que muda você para sempre.Talvez seja um amor do tipo que muda você para sempre…

Talvez seja um amor do tipo amor à primeira vista…

Que mãe ao olhar o seu filho pela primeira vez não teve a certeza de que sentiu algo jamais experimentado antes? Algo como um sinal, uma sensação de deja vu, só possível entre aqueles que se reconhecem. Não só as mães biológicas, mas as que escolhem seus filhos também vivem esta mesma sensação. Algo assim como um encontro de almas, escrito nas estrelas e que só pode ser lido com o coração, nos dando a sensação de estar vivendo um verdadeiro amor à primeira vista.

Difícil mesmo definir este amor. Talvez seja uma mistura de todos acima ou ainda de outros mais. Talvez essa definição não seja, nem mesmo, importante ou necessária. Talvez seja só um amor de mãe. Amor de mãe talvez seja a melhor definição para este amor sem limites, que não se explica com palavras, mas que transborda a cada nova conquista, a cada abraço apertado, a cada sorriso sem jeito, a cada dança desengonçada, a cada cara suja de chocolate, a cada sim, a cada não. Um tipo de amor de que só as mães são capazes e que só elas entendem, sem necessidade de maiores explicações.







Psicoterapeuta por paixão e opção, mãe de três meninas lindas, minha maior realização e, nas horas vagas, aprendiz de escritora, sem nenhuma pretensão.