Por Patrícia Dantas
Do Amor Veríssimo, do jornalista e escritor Luís Fernando Veríssimo, que se oficializou como uma série no GNT para pessoas loucamente curiosas sobre travessuras do amor, seus encontros e desencontros, parcerias de amantes destinados a provarem das mais sublimes dores e prazeres, surgiu a ideia de arrematar todo esse strip-tease pensando no enlace do que poderiam ser nossos amores verdadeiríssimos.
Em nosso raio X de observações diárias sobre pretensiosos atos e acasos dos incontáveis relacionamentos espalhados pelo mundo, só podemos nos apegar ao sentimento de que o bem mais necessário para suprir a carência dos relacionamentos é o vínculo humano, os laços, a conexão de pensamentos e as sensações pelo outro que nos invadem a qualquer momento.
A doação a alguém do que temos de mais íntimo e nosso, tantas vezes inescapável, por medo ou pudor do desconhecido que ousa conhecer o que não estamos prontos para estilhaçar na frente do outro. É esse o labirinto mais retratado em todas as nossas histórias, que na vida real também acontecem em série, mas não com tomadas tão pontuais e vozes cronometradas em ritmos variáveis ou estáticos. É tudo tão assustadoramente instável!
E não é que esses amores muitas vezes misturam suas doses desproporcionais e instalam em nós ritmos perturbados pelo jogo das suas combinações aleatórias? Misturam encontros casuais e proibidos com a louca vontade do próximo encontro; misturam casais que não estão na mesma vibração com novos roteiros que apimentam o relacionamento; misturam a inconstância dos sentidos com a louca vontade da experimentação; misturam e se misturam como os corpos num só movimento.
Quando ela diz “Toma-me em teus braços por toda a vida!”, ele sabe que suas palavras são profundas e quentes, jamais desperdiçará seu tempo tentando provar mentiras inventadas. E quando ele diz “Não se afaste de mim nem por um segundo!”, ela sabe que não escapará desse amor que veio para ficar sabe-se lá por quanto tempo. É esse o jogo que se faz dessas palavras tão carentes de que eles se abracem e vivam como se fossem um só, dentro da mais densa redoma de vidro blindada.
E quando eles não sabem que os atos podem ser meras ficções criadas por alguma mente cheia de invenções? E quando existe a pura encenação? Eles sabem que logo mais se deixarão, em busca do que acreditaram em poucos minutos ser real. Eles vão em frente, são insistentes, até encontrarem alguém que faça algum sentido, que elevem seus corpos para além das aparências de uma breve encenação que revela todos os sentidos.
Poderíamos imaginar as passagens de um romance escrito para percebermos o quanto na vida real a ficção contada e vivida é bem mais complexa, porque toca na vida de pessoas de verdade, com pele e ossos à mostra, vivendo tudo em carne viva – até nos momentos das aparições invisíveis, necessitando somente da sensação palpável para saber que há algo que pode ultrapassar o corpo livre para sentir em êxtase.
Basta que os amores cheguem até nós, amores de diversas formas e por coisas inimagináveis, mas que consigam arrancar quem verdadeiramente somos de nossas almas, extrapolar e dar cambalhotas por cima dos nossos corpos quando encontrarem a grande sensação do amor que vive incansavelmente e jamais está pronto para morrer sem a graça da coisa conquistada.
Uma história impactante e profundamente emocionante que tem feito muitas pessoas reavaliarem os prórios conceitos.
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