A ex-paquita Andréa Sorvetão, de 51 anos, se pronunciou sobre a série documental “Pra sempre Paquitas”, do Globoplay. Em uma publicação feita em seu perfil no Instagram nesta sexta-feira, 27, a ex-assistente de palco Xuxa não poupou críticas à atração e se disse “indignada” com o que assistiu.
“Assisti ao documentário, precisei de um tempo. Fiquei indignada. O nome mais falado em mais de cinco horas de duração é o da Marlene Mattos. Concedi um depoimento de algumas horas para o documentário, mas somente alguns minutos foram exibidos. Lamentavelmente, somente o trecho em que contei, com muita sinceridade e emoção, da minha saída do grupo”, iniciou.
Andréa também defendeu Marlene Mattos das acusações de assédio moral feitas por Xuxa e pelas ex-paquitas e ainda criticou a diretora e a idealizadora do documentário: as ex-paquitas Ana Paula Catu e Tati Guimarães, respectivamente:
“Tempos depois da minha saída, mais madura, me entendi com a Marlene e seguimos trabalhando em outras frentes com muito sucesso, sem qualquer mágoa ou ressentimento. O trecho em que reconheço o valor e a importância da Marlene em minha vida, pessoal e profissional, as ‘diretoras’ não acharam relevante exibir, talvez porque já estavam decididas pelo viés sensacionalista e ‘vingativo’ do documentário, visando a execração de uma dedicada e competente profissional, referência de muitas outras mulheres brasileiras”.
“A onipresente Marlene é uma pessoa de carne e osso. Tem defeitos e qualidades, erros e acertos. Não é justo, como fez o documentário, que Marlene seja julgada por comportamentos descontextualizados de seu momento histórico e das condições de fato da época. Como ignorar que Marlene cuidou de crianças e adolescentes a ela confiadas por seus pais como se fossem suas filhas? Como não entender que a Rede Globo de então era um ambiente que demandava de Marlene “pulso firme”? Como esquecer que os padrões estéticos e de comportamento dessa época eram outros? Tudo muito errado, injusto, covarde e cruel nessa tentativa de linchamento público de uma profissional que cuidou de tudo e de todos como pôde”, defendeu Sorvetão.
“Fica uma dúvida: Marlene é preta, nordestina, mulher e homossexual. As personagens que agora julgam sua conduta de trinta anos atrás são aquelas classificadas pelos padrões morais atuais como privilegiadas. Teriam elas ‘lugar de fala’ para fazer o que estão fazendo? E se hoje o documentário está em 1º lugar no streaming, não é pela nossa história linda que deveria ter sido contada e sim só pela polêmica levantada mais uma vez em cima da Marlene. Marlene merece respeito. Parabéns, vocês conseguiram destruir o sonho de muitos fãs”, finalizou Sorvetão.
Vale lembrar que Andréa Sorvetão rompeu relações com Xuxa e com várias ex-paquitas desde 2021 devido a posicionamento políticos.
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