Imagem de capa: pathdoc/shutterstock
A ansiedade põe a gente de pé num piscar de olhos, orquestra movimentos rápidos, pensamento acelerado, curiosidade aguçada, tolerância zerada.
Se ansiosos por uma boa notícia, acordamos positivos, lépidos, energizados. Quando a ansiedade é por uma chegada, tomamos todas as providências possíveis, tratamos de arrumar e organizar, surpreender e adivinhar.
Ansiedade é combustível. Acelera, bota ordem, encadeia, encaminha. Ansiedade bem dosada, é um estimulante, a companhia perfeita da curiosidade.
Mas, como toda matéria inflamável, entra em combustão com a mínima fagulha. Uma incerteza, o menor atraso, um passo fora da linha, um retorno que não estava nos planos…
E a ansiedade vira incêndio, explosão e destruição. Fica fora de controle, do eixo, da respiração. Ansiedade descompensada agride, asfixia, deixa a vida imersa em fumaça, fuligem e sombra. Esconde o horizonte, fecha as cortinas, tranca as possibilidades e faz disparar o coração, até o ponto de explodir.
Como combustível, empurra!
Como explosivo, destrói!
Todo mundo carrega a sua quantidade de ansiedade, e controlar é tão difícil quanto identificar o que faz disparar. Assim como a agressividade, é quase impossível saber a faísca que provoca o fogo. Mas a luta é diária e sem descanso. O que nasceu para ser estímulo, não pode virar obstáculo.
Ansiedade é coisa séria e deve ser tratada como merece. Quem já viveu a menor crise, sabe o poder desse incêndio incontrolável, que consome todas as reações.
Ao menor sinal de que o combustível está fugindo do controle, o melhor é reduzir a marcha, desligar os motores, procurar ajuda e alternativas para manter a respiração na velocidade de cruzeiro.
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