Fotografia de Thomas Lodin
Não adianta esperar que o mundo traga – de braços abertos, possibilidades e esperanças para dias melhores. Assim como também não serve ficar imaginando os porquês de certos sorrisos não terem sido concretizados. Momentos únicos chegam para quem não sente medo de arriscar, para quem não sente medo de viver. Antes de qualquer coisa, seja livre. Faça-se livre.
Nada de estipular sabores e encarar caminhos, como quem julga ter a certeza imutável das escolhas. Um dia você erra, noutro acerta. A vida é esse pêndulo de quedas e saltos, onde sempre nos é permitida a escolha. Sobre o que sentimos e sobre como lidamos com o que sentimos. Vitimismos pesam, cansam. Quanto mais você restringe o seu potencial e o seu querer, mais aprisionado e suscetível aos agouros você se encontra. Felicidade é muito mais do que isso. É aceitar, conhecer e reconhecer que, antes de estar pronto para depositar bondades, gentilezas e amores ao léu, você necessita despir-se de receios e outras amarras emocionais que te impedem de residir em qualquer inteiro. Porque sem coragem para viver inteiro, tudo o que resta são metades. Suas e de outro alguém.
Abrace instantes. Receba o agora. Não fuja da maior responsabilidade que é ser você para você. Autoconhecimento não é conversa de autoajuda, mas o princípio do amor em sua quintessência. É quando janelas e portas se fecham e você consegue encontrar fôlego para desconstruir-se e elevar-se frente novos desafios. É não esmorecer quando a reciprocidade tornar-se ausente. É amor de um tudo mesmo sendo pouco.
Antes de qualquer coisa, seja livre. Porque a liberdade acompanha os despretensiosos e sonhadores. Não estagna, desestimula ou inveja o ganhar alheio. Empatia é liberdade. Amor é liberdade. Amizade é liberdade. Livres são os indivíduos que não buscam respostas a todo tempo. Felizes são os que caminham, em seus próprios passos, para novos e acolhedores horizontes de serem e estarem. Por infinitos instantes, por presentes fragmentos.