Durante o decorrer de nossas vidas, geralmente a partir dos 18 anos, iniciamos uma
nova etapa: procurar um emprego!
E por que procuramos um emprego?
Porque sabemos que o trabalho nos trará uma identidade, nos trará a oportunidade de novas
amizades, nos distrairá – ninguém consegue “ver a banda passar” (salvo os impossibili-
tados por algum mal que os impeça de “seguir a banda”); e sobretudo, trabalhamos pa-
ra nos sustentar.
Bem, aí estudamos, procuramos em anúncios, fazemos concursos ou somos ajudados por um familiar, amigo, que nos proporciona um trabalho. E lá estamos: no nosso primeiro emprego!
Talvez, durante essa jornada, passemos por vários tipos de trabalho ou acabemos des –
cobrindo nossa real vocação. E partimos… em busca de nossa realização pessoal e pro –
fissional.
Mas, os anos passam – implacáveis!
E chega o momento da aposentadoria. Nova etapa, novo desafio!
Já estamos cansados, natural e humanamente, o cérebro e o corpo pedem pausa!
E agora?
Iremos atender ao apelo de nosso cérebro e corpo que clamam por sossego, descompro-
metimento com horários e regras, desejando curtir um bom tempo de vida que nos resta,
sem necessidade de “bater o ponto”, almoçar às pressas, acordar cedo (quando tudo que
queríamos era ficar mais 1 hora na cama)?
Conheço pessoas que dizem nunca se aposentar e conheço quem morreu meses depois de
deixar o emprego.
Eu sempre tive como lema que “nos empregamos para viver e não vivemos para ficarmos
eternamente empregados”.
Podemos administrar o tempo com sabedoria para que essa nova etapa, a da aposentadoria, nos traga mais benefícios e qualidade de vida, do que monotonia.
É chegado o momento de passear, viajar, criar círculos de amizades, conversar na praça,
aprender a tocar aquele instrumento que sempre sonhamos, mas não
tínhamos tempo, dançar, fazer academia – alongamento, natação…curtir mais a esposa, o marido, os filhos, os netos, e, se formos sozinhos, conhecer pessoas, cidades, abrir um leque de coisas por fazer…
A vida não acaba com a aposentadoria!
A aposentadoria chegou para nos mostrar que cumprimos uma etapa, teremos nosso neces-
sário salário garantido honradamente e que novas etapas surgirão – e com mais vantagem:
disponibilidade de tempo e com a possibilidade de novos caminhos que se abrirão, se não fi-
carmos apegados ao que já passou – como tudo na vida passa!
O que importa é sermos felizes, criativos e produtivos sempre!
Aposentadoria não é sinônimo de velhice.
Mas um dos sinônimos de velhice é: “caduquice”.
E “caducos” não estamos!
Portanto, “bola prá frente”!
Lu Prado