Imagem de capa: de blog.freepeople.com
Imagine ser você uma caçamba e ter que transportar uma quantidade de areia infinita. Seriam necessárias incontáveis viagens. Nunca acabaria essa tarefa. Disto vem aquele dizer: “é areia demais para o meu caminhãozinho.”
Quem nunca se encantou com uma pessoa, calculou as probabilidades de conquistá-la e chegou ao resultado zero?
“Eu não tenho chance.”
Sem jogar, você nunca vencerá. Na desistência precoce, jamais saberá se os cálculos estão corretos. Porém, existem situações em que, de fato, é melhor tirar o time de campo, antes de levar um cartão vermelho coletivo.
Há um terceiro cenário, o mais doloroso.
Você já saiu de sua zona de conforto. A outra pessoa abriu espaço, acenou para uma possível vitória e o jogo começou. Surgiram “sins” nas respostas. O começo corria bem e uma derrota parecia distante. O placar seguia sem gols, mas a torcida já comemorava nas arquibancadas, erguiam-se as faixas: é tetra!
Então, no auge da confiança, você ouve um não.
A expectativa da conquista tornou-se num sentimento de fracasso. O coro de “é campeão” entalou e calou no estádio. Sem fazer ideia de como tudo deu errado, você então se questiona: por quê? O melhor chute bateu na trave.
Respire e pense.
Não somos carregadores de areia. Somos histórias. Cada pessoa é um roteiro desenrolando. Seremos, para o outro, vilões, coadjuvantes, atores principais. Nunca, porém, seremos diretores. Jamais iremos dirigir e isso torna todo o enredo imprevisível.
Ninguém o deixou porque é menos bonito, inteligente. Apenas aquele filme não era o do momento, por fatores misteriosos. O ser humano é complexo: detestarão e amarão pelas mesmas características.
Cuida das suas lindezas, pois, mais que um caminhão, é um Universo.
Que teus personagens sejam boas estrelas a te enfeitar.
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