Hoje, três meninas simbolizam as lutas de jovens empoderadas de todas as partes do mundo, porque elas sabem expressar o seu potencial, com criatividade, originalidade e ousadia, capazes de provocar transformações no seu campo de atuação.
A família e a educação são o diferencial do empoderamento dessas meninas. Uma delas é Greta Ernman Thunberg, a ativista sueca do clima de apenas 16 anos, conhecida por protestar fora do Parlamento do seu país, e assim tornou-se a líder do movimento greve das escolas pelo clima.
Thunberg foi diagnosticada com a síndrome de Asperger, mas afirmou: “Dependendo das circunstâncias, ser diferente é um superpoder”. Seu exemplo inspirou milhares de estudantes pelo mundo à fazer greve na sexta-feira.
Em Londres, em outubro de 2018, ela escreveu a Declaração de Rebelião pelo Extinction Rebellion: “Estamos enfrentando uma crise sem precedentes que nunca foi tratada como uma crise e nossos líderes estão agindo como crianças. Nós precisamos acordar e mudar tudo (…)”.
Na COP24, em dezembro de 2018, na sua assembleia plenária, Greta alertou aos governantes: “Você não é maduro o suficiente para dizer como é. Mesmo esse fardo você deixa para nós, filhos”. Ela recebeu em novembro de 2018 a bolsa Fryshuset de jovem modelo do ano, entre outros Prêmios, e em março de 2019, foi indicada ao Prêmio Nobel.
A outra menina é a Malala Yousafzai , que em de outubro de 2012, entrou em uma van escolar numa província do Paquistão, onde um homem armado chamou-a pelo nome e disparou-lhe 3 tiros. Nos dias seguintes, Malala manteve-se em estado grave.
Quando a sua condição melhorou foi removida para um hospital na Inglaterra. A tentativa de seu assassinato desencadeou apoio internacional. Ela virou a ativista paquistanesa, respeitada pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação no seu país.
O ativismo de Malala resultou em um movimento internacional. O enviado das Nações Unidas para a educação global em nome de Malala criou, em 2015, o slogan :”Eu sou Malala”. Em abril de 2013, Malala foi capa da revista Time e considerada uma das 100 personalidade mais influentes do mundo. Com apenas 17 anos, foi a mais jovem laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
A próxima é a baiana Anna Luisa Beserra, que acaba de ser a primeira brasileira a vencer o Prêmio Jovens Campeões da Terra, das Nações Unidas – ONU. Graças à bolsa que ganhou, em 2013, para jovens cientistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, ela criou um projeto que purifica água não-potável, usando a luz solar, que dura 20 anos e só precisa ser limpo com água e sabão.
O “Aqualuz”, inventado por Anna, é um dispositivo que faz testes a cisternas na região do semi-árido nordestino e já garante acesso a água limpa para 265 pessoas. No país, cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a redes de água potável.
Segundo a ONU, 1,8 bilhões de pessoas consomem água imprópria no mundo, e 1,4 milhões morreram em 2016, em decorrência disso, que atingem populações vulneráveis. A solução criada por Anna pode frear esse impacto devastador. Ela será homenageada em outubro, durante a Assembleia Geral da ONU.
Por fim, essas três jovens e tantas outras são as lideranças femininas do século 21, que estão promovendo a igualdade de gênero e o crescimento da economia, que melhoram a qualidade de vida das comunidades, com o foco no desenvolvimento sustentável. É por isso, que elas são alvos de ataques de imbecis de todos tipos, que serão lembrados como “coisas ruins” da história.
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